Para além da inovação, neste ano lectivo venceu a solidariedade, a perseverança, a entreajuda, o espírito de equipa e a união entre a comunidade educativa.

Este ano lectivo já tinha começado de forma diferente, com a implementação do Plano de Inovação, mas estávamos longe de imaginar que iria terminar desta forma.
Com a implementação do Plano de Inovação na quase totalidade dos anos do ensino básico, que nos permitiu uma gestão superior a 25% do total da carga horária das matrizes curriculares-base, a criação de várias disciplinas, (que permitem aos alunos aprenderem de forma diferente, adquirirem competências que o ensino tradicional não possibilita e que todos alcancem as competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória) e, ainda, com o funcionamento por semestres para todo o Agrupamento, podemos fazer um balanço muito positivo do trabalho realizado, com destaque até ao encerramento das escolas.
Com o Plano de Inovação, já estávamos a trabalhar de uma forma muito própria, com disciplinas novas, leccionadas por vários professores, nomeadamente, English@Music, BibMat, PorBib, SELF, Tempos e Espaços e VIVER+, com o currículo organizado por domínios, como é o caso do Português, a turma+ a Matemática, com uma organização dos alunos diferente das habituais turmas, com metodologias mais adequadas às necessidades do mundo em que vivemos e aos alunos que temos hoje e a pensar no futuro, e com o foco na melhoria do processo de avaliação.
Mas com o ensino à distância, desde o dia 16 de Março, a escola teve de se reinventar. A partir desse dia, a maioria dos professores enfrentou o maior desafio da sua vida profissional. A sala de aula foi substituída por ambientes como o Zoom, o Skype, entre outros. A plataforma Moodle assumiu outra importância para reunir recursos, enviar trabalhos, comentar e dar feedback relativamente ao que cada um/grupo fazia. A comunicação passou a ser feita por via digital, para esclarecer dúvidas e acompanhar as aprendizagens.
Mudaram os meios e o espaço, mas os professores continuaram a ensinar, a preparar as aulas, a fazer trabalho colaborativo, a dinamizar projectos, a produzir instrumentos de verificação das aprendizagens, a avaliar e dar feedback aos alunos e encarregados de educação e a frequentar acções de formação em várias áreas.
Esta pandemia e o ensino à distância pôs-nos a todos à prova. Foi um trabalho muito intenso e esgotante para os professores, em que todos tiveram que evoluir tecnologicamente, trabalhar muito mais horas e muitos tiveram custos acrescidos.
As famílias, os alunos, os funcionários e os nossos parceiros com destaque para a Câmara Municipal de Alpiarça, também tiveram um papel fundamental.
Nenhum aluno ficou para trás e o feedback dos encarregados de educação foi muito bom.
A partir de 18 de Maio, todos os professores e os alunos dos 11º e 12º anos voltaram à escola e tiveram de se adaptar aos procedimentos impostos pela DGS e a dar a continuidade do ensino à distância. No dia 1 de Junho reabrimos os jardins-de-infância e a escola de acolhimento, o que significa que funcionámos em pleno.
Sem dúvida que temos vivido tempos muito difíceis, angustiantes e de grande responsabilidade para quem está a liderar o Agupamento, mas a comunidade educativa tem-se mostrado unida e muito colaborante, o que me deixa muito orgulhosa. Os professores estão exaustos, mas tenho a certeza que passámos nesta prova com distinção.