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Azambuja com contas folgadas e dívida a cair

Demonstrações financeiras revelam que a dívida do município diminuiu milhão e meio de euros e que o saldo de gerência a transitar para 2020 foi de 10,5 milhões de euros, muito graças à cobrança de impostos indirectos.

O ano passado mostra que a Câmara de Azambuja pode respirar de alívio no que toca à sua situação financeira. O relatório de gestão e demonstrações financeiras de 2019 foi aprovado em reunião extraordinária do executivo, com os votos favoráveis da maioria socialista e da CDU e votos contra do PSD. Os documentos demonstram que o município está confortável, com um saldo de gerência de 10,5 milhões de euros a transitar para o ano corrente. Num ano, a dívida da autarquia reduziu para 8,5 milhões de euros, o que se traduz em 1,5 milhões de euros a menos face ao ano anterior.
Embora haja obras que ainda não saíram do papel, algumas por falta de luz verde do Tribunal de Contas, tal como explicou Luís de Sousa, presidente do município, a execução orçamental da receita teve uma “significativa melhoria” alcançando os 121 por cento e a da despesa os 78,4 por cento.
Luís de Sousa sublinhou que estes resultados são o reflexo de uma “melhoria no rigor e prudência das previsões” de ganhos e gastos do município, que se “encontra numa situação bastante confortável” financeiramente. Os pagamentos aos fornecedores continuam a ser feitos no próprio dia e o investimento assume 24,8 por cento do total das despesas.

PSD diz que não existe investimento
A CDU não assumiu posições críticas face aos documentos apresentados. Já a oposição PSD aqueceu o debate, com o vereador Rui Corça a assinalar vários defeitos à actividade camarária. Destacou que no terceiro ano de mandato o “investimento não existe ou o que existe tem a ver com aquisições de imobiliário” e com obras em “casa própria, ou seja, em serviços municipais ou equipamentos do município”. Em resposta, o autarca socialista referiu que as obras são feitas para prestar melhor serviço aos munícipes.
O vereador do PSD reparou também que a maior fatia da despesa orçamental está reflectida nos recursos humanos (29,2 por cento), ao que Luís de Sousa respondeu que a despesa com o pessoal não só aumentou em 2019 como será maior ainda em 2020, devido à transferência de competências da administração central, nomeadamente dos funcionários das escolas, que vão passar para a autarquia.
O presidente da câmara indicou ainda que ao longo do exercício do ano passado a receita global alcançou os 22,6 milhões, tendo a cobrança de impostos, particularmente no IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis), superado as expectativas. A receita própria, resultante da cobrança de impostos indirectos, nomeadamente de operações urbanísticas, também cresceu 18,6 por cento, representando 55 por cento do total das receitas municipais arrecadadas.

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