A preservação e valorização das ruínas romanas da Villa Cardílio, nos arredores de Torres Novas, são há muito faladas mas têm tardado em sair do papel. A Câmara de Torres Novas quer contrariar o actual cenário de degradação e dar outra dinâmica àquele património, tendo aprovado recentemente o lançamento de concurso para a empreitada, com um investimento total previsto de 392.200 euros, mais IVA. A comparticipação da União Europeia chega aos 282.500 euros. O valor remanescente, não suportado por fundos comunitários, será dividido pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) e pelo município torrejano, em partes iguais.
A autarquia reconhece que a Villa Cardílio é um elemento com elevado valor patrimonial, classificado como monumento nacional, “que carece de uma intervenção de conservação condicente com este estatuto, sob pena de se acentuar o grau de risco de degradação”. Foi nesse sentido que a DGPC e a Câmara de Torres Novas assinaram um acordo visando as necessárias intervenções.
No extremo sul das ruínas está prevista a selagem com areia da área e posterior modelação do terreno, de modo a salvaguardar o local. No interior das ruínas será necessário selar o terreno com o objectivo de acondicionar e proteger as estruturas existentes, algumas das quais em perigo de destruição, tentando amenizar-se as cotas da ruína relativamente à topografia envolvente, explica a autarquia em comunicado.
Na envolvente às ruínas romanas está prevista a implantação de um caminho principal, em redor, e de dois caminhos secundários que irão permitir percorrer o local. Serão ainda colocados seis bancos em madeira ao longo do percurso, de forma a promover zonas de estadia e de permanência com vista privilegiada sobre as ruínas.