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Direito de Resposta: A importância de se chamar Joaquim Veríssimo Serrão

1. O Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão, constituído em 2009 na base de uma doação feita à Câmara Municipal de Santarém – e, por expresso desígnio do próprio, com direcção de Martinho Vicente Rodrigues –, tem vindo a cumprir os desígnios fundamentais com que foi criado, quer no que concerne à biblioteca de 35.000 volumes e ao vasto acervo de manuscritos, ambos em fase de tratamento (com a biblioteca já disponível à leitura pública), quer no que diz respeito à investigação, com edições regulares (as revistas MÁTRIA XXI, e MÁTRIA DIGITAL com vários números publicados), além de concorridos ciclos de assembleias de investigadores, sempre abertos à comunidade.
2. O trabalho realizado durante estes dez anos pelo Centro merece todo o encómio, dado que, apesar das dificuldades, tem sido possível, com o apoio do Município, a que estatutariamente está subordinado, e de outras entidades, dar cumprimento às fases de instalação e tratamento dos acervos.
3. Sendo certo que a obra monumental de JVS impõe reedições de obras de há muito esgotadas, bem como a divulgação de acervos manuscritos, incluindo a correspondência e as fichas de pesquisa, o CIJVS está a trabalhar em edições de esparsos (como o vol. IV da Historiografia Portuguesa, obra nunca publicada mas deixada quase concluída por nosso Pai), e, no caso dos manuscritos do acervo pessoal, não poderia deixar de obedecer às disposições legais que protegem esta classe de documentos.
4. O respeito pelo espírito do Protocolo de Doação que gerou o CIJVS permite que ele seja hoje um espaço de referência para a leitura pública e de estímulo para a investigação local, regional e nacional. Mas também internacional, com centenas de membros investigadores provenientes das mais diversas áreas geográficas.
5. Não é verdade que o livro Santarém - História e Arte, de 1951, não tenha sido reeditado: foi-o em 1959 pela Câmara Municipal de Santarém, com ilustrações de mestre Augusto Braz Ruivo, e de novo em 2009 pela Academia Portuguesa da História em fac-símile. Mas é para nós evidente que, tratando-se de uma obra de referência no seu género de monografia histórica, se impõe uma nova e cuidada edição, que o Centro já propôs, aliás, como imperativo editorial da Câmara Municipal de Santarém.
6. Será, pois, por desconhecimento ou por má-fé, que o autor identificado como JAE possa afirmar que o responsável científico do Centro esteja a incumprir face ao estabelecido no Protocolo de Doação e, além disso, que esteja a utilizar o CIJVS em seu benefício pessoal, uma ideia que soa a caluniosa.
7. Como académico e intelectual de prestígio, o Prof. Doutor Martinho Vicente Rodrigues tem todo o direito de, ao mesmo tempo que dirige o CIJVS, produzir a sua própria investigação e editar os seus livros, que não se confundem com a obra do nosso Pai nem podem ser vistos como um atropelo aos seus próprios deveres como responsável do Centro.
8. Compreende-se mal que o trabalho relevantíssimo do CIJVS a nível nacional e junto aos seus pares a nível internacional não mereça o devido reconhecimento pelas repercussões positivas para a vida cultural da cidade e das gentes de Santarém. É por isso que reagimos com incómodo contra um artigo que, além de denegrir pessoas, não tem uma única palavra para os méritos da sua gestão.
9. O artigo de JAE incorre, pois, em imprecisões e falsidades, deixando claro, também, que o único objectivo da sua prosa é denegrir a figura do responsável científico do CIJVS, que não apenas devia justificar o aplauso dos santarenos pelo seu inegável empenho intelectual, como é merecedor de todo o apoio e consideração por parte dos signatários.
Adriana Veríssimo Serrão - Vítor Serrão

Nota do Director: Vítor Serrão, em artigo publicado no Correio do Ribatejo de 3 de Julho, realçou a importância do livro Santarém - História e Arte, considerando uma das melhores monografias dedicadas a uma cidade portuguesa, e pediu “esforço” à câmara de Santarém para o reeditar.
Quem é que está a denegrir quem?

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