A GNR de Santarém foi chamada na manhã de domingo, 19 de Julho, a Alcanede após receber uma denúncia por causa do ruído de obras de construção civil numa propriedade onde vive o presidente da junta de freguesia local, Manuel Joaquim Vieira. Os trabalhos cessaram após o aviso das autoridades.
A lei do ruído estabelece, entre outros pontos, que é proibido o exercício de actividades ruidosas temporárias na proximidade de edifícios de habitação, aos sábados, domingos e feriados e nos dias úteis entre as 20h00 e as 08h00. A duas ou três dezenas de metros da zona onde decorriam as obras existem prédios de habitação, separados por um muro com cinco metros de altura, e terá sido um morador das imediações a fazer a queixa.
Contactado por O MIRANTE, Manuel Joaquim Vieira garante que desconhecia que o homem que contratou para fazer as obras lá andasse nesse domingo de manhã para fugir ao calor e para adiantar serviço. E acrescenta que entretanto lhe deu instruções para cumprir horários que respeitem a lei do ruído.
O autarca mostrou-se indignado com a denúncia de que foi alvo e não compreende a necessidade de chamarem a GNR quando toda a gente tem o seu contacto telefónico e poderia alertá-lo para a situação. “É uma tristeza que não tenham tido a hombridade de me ligar e dizer que as obras estavam a incomodar”, afirma Manuel Vieira, sublinhando que o pedreiro estava a trabalhar mais perto do quarto em que dormia do que dos prédios vizinhos e não ouviu barulho nenhum. “Só dei pela situação quando a GNR chegou, às 09h30”, afiança.