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Presidente de Alcanena esquece-se de visitas a empresas e diz que agora é em Setembro
Reunião do Observatório Ambiental do Concelho de Alcanena aconteceu a 14 de Julho

Presidente de Alcanena esquece-se de visitas a empresas e diz que agora é em Setembro

Fernanda Asseiceira tinha anunciado em Outubro do ano passado visitas às empresas de curtumes na sequência de queixas de maus cheiros no concelho. Agora a autarca, perante novas queixas, desculpa-se com a pandemia, que só foi declarada alguns meses após o anúncio, e garante que em Setembro é que é.

A presidente de Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira, quer arrancar no mês de Setembro com visitas às indústrias de curtumes do concelho, que já tinha anunciado em Outubro do ano passado. A autarca diz que as visitas com cariz fiscalizador, anunciadas quando havia várias queixas de maus cheiros, não foram realizadas por causa da pandemia. Mas esta situação só se colocou em Março, cinco meses depois de ter anunciado a intenção de apertar o cerco às empresas de curtumes.
Fernanda Asseiceira chegou a pedir “tolerância zero” aos infractores, tendo a câmara colocado um processo no Ministério Público relacionado com descargas poluentes que alegadamente podem ser de indústrias de curtumes. A presidente de câmara quer ainda reunir com os empresários de curtumes, também durante o mês de Setembro. A questão de fazer visitas às empresas, que ficou esquecida, volta à baila porque entretanto houve queixas de mais maus cheiros, segundo foi falado numa reunião do Observatório Ambiental do Concelho de Alcanena, no dia 14 de Julho, no Cine-Teatro São Pedro.
A análise feita pela Aquanena, empresa que gere a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), salienta que as águas que chegaram à ETAR revelaram presença de hidrocarbonetos. Fernanda Asseiceira admitiu que tem sentido os odores e recordou a existência de um manual de boas práticas para as empresas de curtumes seguirem, sendo que das 16 existentes no concelho, apenas duas o têm implementado. “Basta uma descarga para estragar o trabalho de meses”, sublinhou a autarca.

Empresário queixa-se de convites em cima da hora
Fernanda Asseiceira foi interpelada pelo único empresário de curtumes que marcou presença na reunião, Joaquim Inácio, da empresa Fonte Velha. O empresário diz que recebeu o convite para estar na reunião no próprio dia por volta das 12h00, quando a reunião estava marcada para as 15h00. “Se o município está interessado em ter os empresários presentes e dialogar com eles tem que enviar os convites atempadamente”, referiu. A autarca admitiu que os convites foram enviados aos empresários em cima da hora e justificou que estas reuniões não costumam ter a presença de empresários, embora sejam abertas.
Joaquim Inácio era o presidente da direcção da Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena (AUSTRA), antiga gestora da ETAR de Alcanena, que interpôs um processo judicial à câmara por esta ter cancelado o contrato de concessão. A gestão passou em Julho de 2019 para a empresa municipal Aquanena, presidida por Fernanda Asseiceira.
Fernanda Asseiceira referiu ainda que convidou para a reunião o município de Santarém, bem como os presidentes da União de Freguesia de Casével e Vaqueiros e de Pernes, que muitas vezes se queixam dos maus cheiros atirando as culpas para o município de Alcanena. Nenhum destes responsáveis esteve presente na reunião. Asseiceira aproveitou ainda a presença da comunicação social para pedir aos autarcas dos concelhos vizinhos de Santarém e Porto de Mós que se envolvam mais.

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