O CD Fátima Futebol SAD (sociedade anónima desportiva) está já a preparar a próxima época no Campeonato de Portugal em futebol, tendo anunciado como treinador para a próxima época o antigo internacional brasileiro e ex-jogador do Benfica Carlos Mozer. Isto apesar de no início de Julho se ter sabido que o Juízo de Comércio do Tribunal de Santarém tinha declarado a insolvência da SAD, controlada em 70 por cento pelo Grupo Lleon, o que poderia colocar em risco a continuidade do projecto.
“Trabalhamos afincadamente com ambição legitima de colocar o projecto Fátima 20.30 como um exemplo de excelência desportiva, bem como conquistar, ser uma bandeira da região. Como tal, assumimos a essência e a missão de trabalhar e investir em referências do desporto nacional e internacional, sem nunca descurar a sustentabilidade e o rigor financeiro que se exige”, diz em nota informativa o presidente da SAD, Noel Gomes.
Na mesma nota, a SAD anuncia ainda as contratações dos futebolistas Ângelo Borges; Diogo Godinho; Hugo Costa; Pedro João; Rodrigo Prior; Tomás Menezes; David Semedo; Bocar Baró e João Amoná.
A insolvência da SAD foi requerida pelo director desportivo Paulo Neto dos Santos devido a salários em atraso. O juiz do processo deu 30 dias para os credores reclamarem os créditos e só no fim deste período é que se vai ter a noção exacta das dívidas da SAD do Fátima. Para administrador de insolvência foi nomeado Pedro Pidwell Silva.
Antes desta declaração de insolvência, já outra pessoa, Miguel Bruno Sousa Pereira, tinha requerido a insolvência da sociedade, mas a pretensão foi indeferida pelo tribunal. As dificuldades da SAD do Fátima já se arrastam há algum tempo e em Janeiro deste ano vários jogadores do plantel sénior, que se encontrava na altura em segundo lugar na Série C do Campeonato de Portugal, começaram a sair da equipa devido a salários em atraso.
A administração da SAD diz que “o compromisso do projecto para com a região é possibilitar a associação de investimento privado ao investimento local, dinamizando as parcerias”, referindo que “as câmaras municipais da região têm aqui um papel importante”.