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Petição anónima exige demissão dos vereadores do PS na Câmara de Benavente

É mais um episódio na guerra interna que se vive no Partido Socialista de Benavente. Vereadores falam em chicana e suicídio político e recusam abandonar o cargo.


Foi lançada na última semana uma petição pública online a exigir a demissão dos vereadores do PS na Câmara de Benavente, Pedro Pereira e Florbela Parracho, que conta, à data de fecho desta edição, com 125 assinaturas. É mais um episódio na novela da luta interna entre os socialistas de Benavente, embora interpretado por actores anónimos, já que o texto da petição não é assinado nem se consegue saber quem o subscreveu.
O documento pede aos autarcas “dignidade” pelos cargos que desempenham e pelas pessoas que lhes confiaram o voto. Na base da petição estão as declarações dos vereadores socialistas em reunião de câmara, onde estes aludiram às infecções por Covid-19 nos Bombeiros de Samora Correia depois do comandante da corporação, Miguel Cardia, os ter acusado de não terem tido qualquer palavra de conforto para com os operacionais infectados.
Os autores da petição consideram que as posições dos vereadores foram indignas e que por isso “deixaram de reunir as condições éticas e políticas” para continuarem em funções. “Ninguém, no seu perfeito juízo e pleno uso das faculdades mentais, teria a coragem de afirmar publicamente que o comandante Miguel Cardia acha que os bombeiros devem ser tratados como deuses”, lê-se na petição. O documento considera que as declarações se resumem a um “triste conjunto de ataques pessoais cobardes, desonestos e capciosos”.
Pedro Pereira e Florbela Parracho recusam abdicar do cargo para onde foram eleitos e onde conseguiram o melhor resultado de sempre do PS naquele concelho e lamentam a situação, considerando que se trata de um suicídio político. “É uma chicana e uma vingança política e pessoal. Acredito que a Federação Distrital de Santarém saberá quem levou o PS até aqui e quem é que o está a destruir. Que interesses políticos e pessoais andam por trás disto”, critica Pedro Pereira.
Também Florbela Parracho diz ter sido apanhada de surpresa com a petição. “São guerras internas que se devem resolver dentro do partido e não cá fora. Isto passa uma má imagem do PS. Obviamente rejeitamos colocar o lugar à disposição”, refere a O MIRANTE.
A situação dividiu a concelhia socialista, que passou a estar debaixo de fogo por parte de alguns camaradas, com demissões, mensagens e comunicados carregados de críticas a acentuar as divergências entre os socialistas.

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