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Obras no troço do IC2 entre Rio Maior e Alcoentre não passaram de promessas

A Estrada Nacional Nº 1 foi, até 1991, ano em que a A1 passou a ligar Lisboa ao Porto, a principal via rodoviária do país. Já nesse tempo a falta de condições era mais que evidente e só o elevar de fortes protestos e cortes de estrada pela população levou à sua melhoria.
Neste pacote de melhorias, só que anos mais tarde, incluiu-se também um novo troço entre Rio Maior e Alcoentre, evitando a sinuosidade da estrada e reduzindo o fluxo de trânsito na fustigada Asseiceira. Mais um passo em frente pela segurança, concluímos todos nós.
Mas estes 20 km, responsáveis pela nova designação da estrada para IC2, apresentam hoje um tal estado de degradação que as consequências para os utentes são extremamente gravosas, iguais ou piores aos vividos na velha N1.
O Governo central, conhecedor deste cancro rodoviário no nosso país, pelas inúmeras interpelações feitas quer por governantes locais, quer por entidades várias, quer pelos próprios cidadãos, tem ignorado o problema, escudando-se em aberturas de concursos de empreitadas que não passam de intenções para acalmar a revolta. Certo, Sr. ministro Pedro Nuno Santos?
Já por duas vezes se fizeram marchas lentas em protesto, com resultados muito concretos de promessas do Governo, por intermédio das Infraestruturas de Portugal (IP). A primeira aconteceu a 12 de Julho de 2019, que resultou numa garantida adjudicação da obra até ao final do ano.
Como se chegou a Março de 2020 sem quaisquer desenvolvimentos sobre as prometidas obras, foi feita uma segunda marcha lenta, a 6 de Março. Para a evitar os jornais encheram-se de anúncios do avanço do concurso público e a IP enviou ofícios às autarquias locais, indicando o final do semestre para o início das obras.
Estamos em Setembro, a “estrada da vergonha” está pior que nunca e prepara-se uma terceira marcha lenta. O Governo vai vergonhosamente esticando os prazos para a execução de uma obra urgente, numa descarada tentativa de se aproximar do próximo acto eleitoral. Qual será o custo real de um voto, quando continuamos a ouvir o estrondo do choque e os gritos de agonia?
Nuno Catita

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