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Ministra elogia resposta das autarquias à pandemia e defende regionalização

Ana Abrunhosa considera que a autonomia dos serviços regionais do Estado ajudaria a desbloquear problemas com mais celeridade.

No final da sessão solene a ministra da Coesão Territorial confessou a O MIRANTE ser uma defensora da regionalização, considerando que esse modelo melhoraria o funcionamento do país e dos seus serviços. Ana Abrunhosa diz que a pandemia de Covid-19 veio mostrar que a tomada de decisão é melhor quanto mais próxima está dos cidadãos. “Quem esteve na linha da frente para socorrer as instituições, as populações ou os lares e centros de saúde foram os autarcas. Se os serviços regionais tivessem mais autonomia tenho a certeza que mais rapidamente se resolveriam certos problemas”, defendeu.
A ministra reconhece que é muito difícil descentralizar serviços em Portugal já que os trabalhadores têm a vida organizada e é complicado transformar a vida dessas pessoas. Mas acrescenta que não se deve desistir desse objectivo. “Devemos fazer um esforço para que novos serviços sejam criados nos territórios do interior para que haja essa descentralização”, reforçou.
A governante espera que o tema da regionalização esteja presente numa próxima legislatura e que num próximo Governo a eleição dos presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) seja feita por sufrágio universal. “Fui presidente de uma CCDR e vivi problemas terríveis, embora tenha tido sempre a máxima colaboração dos governos com quem trabalhei. Tenho a certeza que com a regionalização teria resolvido muitos problemas mais rapidamente”, sublinha. Ana Abrunhosa considera que existem todas as condições para as pessoas viverem no interior, mas durante muitos anos houve uma política de concentrar serviços nos territórios do litoral. “Vai levar anos a reverter esta situação”, diz, acrescentando que nos últimos tempos têm sido implementadas medidas no interior do país, mas os resultados demoram a ver-se. “Deve haver uma aposta cada vez maior na agricultura inovadora, valorizar a floresta e criar mercados em que a actividade económica da floresta seja rentável”, defende.

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