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Bloco quer Vila Franca de Xira ressarcida  do dinheiro gasto na plataforma logística 
Na Plataforma Logística da Castanheira do Ribatejo foram gastos quase quatro milhões de euros de dinheiros públicos

Bloco quer Vila Franca de Xira ressarcida  do dinheiro gasto na plataforma logística 

Em causa estão perto de quatro milhões gastos pelo município em terrenos e acessibilidades a uma plataforma logística que em 12 anos nunca serviu para nada. Bloco de Esquerda e CDU lamentam que compromissos não tenham sido cumpridos.

A Câmara de Vila Franca de Xira foi enganada no projecto da Plataforma Logística de Lisboa Norte (PLLN) da Castanheira do Ribatejo há 12 anos e por isso deveria ser ressarcida de todos os valores que investiu no local. A opinião foi deixada por Carlos Patrão, vereador do Bloco de Esquerda, na última reunião do executivo onde foi discutida e aprovada por maioria uma nova proposta de alteração ao loteamento. O BE votou contra.
Carlos Patrão considera que foram vendidas falsas esperanças e expectativas pelo Governo de então e que o município investiu de boa fé num projecto que, ainda hoje, não passou da fase de construção. “Este projecto da plataforma logística é um equívoco. Consumiu dinheiro municipal. A câmara foi enganada com promessas irrealistas que nunca se concretizaram. Devíamos ser ressarcidos dos valores que enterrámos naquela plataforma”, considerou o autarca.
Para que a plataforma nascesse, recorde-se, o município teve de adquirir diversos terrenos agrícolas na Castanheira do Ribatejo, que rondaram os dois milhões de euros e ainda teve de co-financiar a construção de novas acessibilidades ao local, que custaram outros dois milhões de euros.
Da parte da CDU, o vereador Nuno Libório disse a O MIRANTE não concordar com a posição de força de Carlos Patrão e que não há dinheiro que possa trazer de volta o que foi destruído. “A plataforma exigiu do concelho algo absolutamente impensável que foi destruir solos de elevada aptidão agrícola e onde está uma das maiores reservas de água doce da Península Ibérica. Não sabemos até que ponto a destruição daquele solo não a danificou”, critica.

Mesquita mantém fé nos promotores
A plataforma logística, como O MIRANTE já noticiou, tem desde o ano passado novos donos, a imobiliária espanhola Merlin Properties, que já anunciou querer ter os primeiros armazéns de 45 mil metros quadrados prontos na Castanheira até final de 2021. Por isso, Alberto Mesquita diz que é preciso dar tempo e espaço para ver o projecto renascer das cinzas.
O autarca reafirmou que o local nunca será palco para qualquer transferência de contentores do terminal da Bobadela, em Loures, como já tinha garantido ao nosso jornal. “Se as pessoas de Loures não os querem lá nós também não queremos”, garantiu.

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