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Irmãos desavindos na Misericórdia do Sardoal
Miguel Borges (à esquerda) diz que a gestão de Anacleto Batista está gasta, mas este não se demite

Irmãos desavindos na Misericórdia do Sardoal

O presidente da assembleia geral da instituição, que é também presidente do município, pede a demissão do provedor Anacleto Batista, apontando-lhe erros e incapacidade para gerir a Santa Casa. O visado diz que nunca se demitiu de nenhum cargo nem o irá fazer.

O presidente da mesa da assembleia geral da Santa Casa da Misericórdia do Sardoal, Miguel Borges, que também é presidente do município, pediu a demissão do provedor da instituição, Anacleto Batista, alegando graves erros de gestão. O pedido foi feito por Miguel Borges na reunião que se realizou a 26 de Setembro. O também presidente da Câmara do Sardoal afirma que a gestão do actual provedor está esgotada. “Já tinha dito anteriormente ao senhor provedor que deveria colocar o lugar à disposição e sair na última assembleia geral, o que não aconteceu”, explica Miguel Borges.
Contactado por O MIRANTE, o provedor Anacleto Batista diz que nunca se demitiu de nenhum cargo e não é agora que o irá fazer.
Miguel Borges sublinha que tomou esta posição no sítio próprio à frente de todos os irmãos presentes. No entanto, a assembleia terminou sem qualquer decisão, até porque o assunto não constava da ordem de trabalhos. O presidente da assembleia referiu a O MIRANTE que tomou esta posição como um lamento pelo que se está a passar na Misericórdia do Sardoal, com problemas financeiros que levaram ao encerramento da valência de creche por incapacidade financeira. Em Agosto houve um incumprimento parcial do pagamento dos vencimentos dos trabalhadores, que entretanto foi regularizado.
Miguel Borges defende que se o provedor não apresentar a sua demissão os irmãos devem reunir o número de 20% de membros para propor a destituição da mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia. “A instituição precisa de uma gestão moderna. O que me levou a aceitar o cargo de presidente da mesa da assembleia-geral foi a modernidade da gestão daquela casa. Estamos a falar de uma instituição que mexe com muita gente, com muitas famílias e mexe com a vida de muitos trabalhadores. Deveriam ter entrado novos irmãos, o que não aconteceu”, afirma.
Apesar de actualmente não existirem salários em atraso, o presidente da mesa da assembleia-geral considera que a instituição caminha para o abismo em termos financeiros. “Não reconheço no senhor provedor nem nesta mesa administrativa capacidade para tirar a Santa Casa da situação em que se encontra”, sublinha, acrescentando que é importante haver confiança nas pessoas que lideram instituições. “Esta gestão está gasta e isso ficou provado nesta assembleia-geral com o desentendimento entre o provedor e o presidente do conselho fiscal”, destacou.

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