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Mais 30 quilos de correspondência  transviada encontrados em Abrantes
Carteiros dizem que os CTT contratam pessoas sem qualidade profissional

Mais 30 quilos de correspondência  transviada encontrados em Abrantes

Este é o segundo caso de cartas encontradas nesse concelho que não chegaram aos destinatários.


Há cerca de duas semanas foram encontrados cerca de 30 quilos de correspondência dentro de um saco, na zona do Parque Urbano de São Lourenço, em Abrantes. A Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou a situação a O MIRANTE. Esta é a segunda situação denunciada no espaço de um mês.
Os CTT já solicitaram ao tribunal, que está em posse dessa correspondência, para ter acesso à mesma no sentido de avaliar qual o operador responsável pela distribuição. “Importa lembrar que existe mais do que um operador no mercado, que está liberalizado e aberto à concorrência”, referem os Correios, acrescentando que outros esclarecimentos devem ser solicitados às autoridades competentes.
Em Agosto, uma família que andava a passear encontrou centenas de cartas espalhadas num terreno ermo em Abrançalha de Baixo, nos arredores de Abrantes. Entre a correspondência transviada estavam facturas para pagar e cheques de pensões. Os destinatários eram sobretudo das freguesias de Montalvo e Constância.
Desta vez a situação não foi tornada pública mas O MIRANTE sabe que é recorrente aparecerem sacos com correspondência abandonados em locais ermos. Um profissional, que não se quis identificar, por haver indicações para não o fazer, explicou que os Correios prometeram mais carteiros para o concelho de Abrantes. O problema é que são contratadas pessoas sem qualidade profissional e que não entendem a importância das suas funções. “Algumas pessoas são contratadas mas não percebem a importância do seu trabalho. Quem os contrata tem que perceber o tipo de pessoas que está a contratar porque isso coloca em causa o serviço da empresa e o trabalho de todos os carteiros, que fazem bem o seu trabalho”, lamenta.
Este profissional diz que os responsáveis e administradores da empresa têm conhecimento destas situações, mas não fazem nada, limitando-se a despedir os carteiros que deitam foram a correspondência e tentam abafar as situações para não se tornarem públicas. E com isto são milhares de clientes que não recebem contas para pagar, encomendas ou reformas para levantar, entre outra correspondência. “Este é um trabalho de muita responsabilidade, não pode ser feito por qualquer um, e quem manda nesta empresa não se preocupa com isso”, critica o carteiro que falou com O MIRANTE.
A situação ocorrida em Agosto deste ano foi denunciada por Elisabete Ribeiro que publicou um vídeo nas redes sociais onde mostrava centenas de cartas transviadas, nomeadamente facturas para pagar e cheques de pensões. Elisabete Ribeiro chamou a PSP, que esteve no local e recolheu os sacos e as cartas. “Fomos dar um passeio junto à zona das quatro estradas, como é conhecido aquele local, quando encontrámos as cartas. Umas ainda estavam atadas em maço e outras espalhadas pelo chão. Algumas cartas tinham a data do mês de Maio”, recordou Elisabete Ribeiro a O MIRANTE.

Mais 30 quilos de correspondência  transviada encontrados em Abrantes

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