O grupo de música tradicional portuguesa Companhia do Canto Popular é o vencedor da edição de 2020 do Prémio Carlos Paredes. O álbum “Rebento” recolheu a preferência do júri nesta que foi a 18ª edição do prémio instituído pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Este ano aumentou o número de obras a concurso, tendo o município recebido 21 trabalhos – mais dez que no ano passado – muito marcados pela “diversidade, qualidade, cuidado técnico e originalidade”, refere o município em comunicado.
Para o júri, composto por José Jorge Letria (representante da Câmara de Vila Franca de Xira), Pedro Campos (compositor e músico), Carlos Alberto Moniz (representante da Sociedade Portuguesa de Autores) e Rui Filipe Reis (crítico musical), a obra “Rebento” da Companhia do Canto Popular apresenta “uma riqueza musical muito grande, com elementos que trabalham há décadas em Portugal, sendo exemplo de um trabalho de colaboração e partilha”. Com o prémio o grupo ganha 2.500 euros, mas a data da cerimónia de entrega ainda será anunciada.
A Companhia do Canto Popular é um projecto transversal da música de raiz portuguesa, que reúne músicos com reconhecido percurso na música nacional. Há na Companhia de Canto Popular gente dos grupos Navegante (José Barros), Vai de Roda (Manuel Téntugal), Gaiteiros de Lisboa (José Manuel David e Rui Vaz), Danças Ocultas (Artur Fernandes), Luar na Llubre (Sara Vidal), Brigada Vitor Jara (Manuel Rocha), Silence 4 (Rui Costa) e André Sousa Machado.
Desde 2003 que a Câmara de Vila Franca de Xira tem vindo a premiar criadores e intérpretes portugueses, tais como Rão Kyao e Carminho (2013), Pedro Caldeira Cabral (2014), LST – Lisboa String Trio (2015), Pedro Mestre (2016), Ricardo Ribeiro e Artemsax (2017) ou Daniel Pereira Cristo (2018). Na última edição venceram Cristina Branco e José Valente (2019).