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Trabalhadores da Avipronto lutam pelo fim dos cortes nas horas extra 
Trabalhadores da fábrica de Azambuja reclamam por melhores salários

Trabalhadores da Avipronto lutam pelo fim dos cortes nas horas extra 

Sindicalistas e trabalhadores da Avipronto uniram-se numa vigília em Azambuja contra os cortes no valor pago pelo trabalho suplementar. Em causa estão reduções na ordem dos 200 euros.

Mais de duas dezenas de sindicalistas e trabalhadores da Avipronto manifestaram-se na praça do município, em Azambuja, contra os cortes no valor pago pelo trabalho suplementar aos fins-de-semana e feriados.
Segundo Rui Matias, representante do Sindicato do Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), a empresa de produção e abate de aves, alegando a caducidade do contrato colectivo de trabalho, vai avançar com a redução do valor pago pelo trabalho extraordinário. Em causa está uma redução de 100 para 25 por cento no valor pago pelo trabalho suplementar aos sábados e domingos e de 200 para 50 por cento aos feriados.
“Estamos a falar de trabalhadores que ganham o salário mínimo nacional ou pouco mais e se o que recebem pelo trabalho suplementar ficar nestes valores vão ser muito penalizados”, alertou o sindicalista durante a manifestação realizada no dia 25 de Setembro.
Há 10 anos na Avipronto, Mário Horta, residente em Vila Franca de Xira, trabalhou todos os feriados “para compor o salário ao fim do mês”. Com esta alteração, lamenta ver-se obrigado a deixar de os fazer por não compensar os gastos de combustível e alimentação. “Estamos a levar cada vez menos para casa por isso estamos nesta luta”, afirmou a O MIRANTE.
Esta alteração representa um rombo de quase 200 euros no orçamento familiar de Célia Pereira. Tem 42 anos e quatro filhos menores. “Há anos que não recebo um aumento e agora ainda levamos com este corte”, critica a trabalhadora, residente em Vila Franca de Xira.
O local escolhido teve o propósito de sensibilizar o presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa, para a perda de direitos dos cerca de 300 trabalhadores, muitos deles residentes naquele concelho. “Se puder ir junto da Avipronto e influenciar positivamente a empresa seria óptimo”, destacou Rui Matias.
Além desta vigília, o SINTAB está a organizar um novo protesto com os trabalhadores da Avipronto, para 14 de Outubro, junto ao Ministério do Trabalho.

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