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Parabéns ao hóquei em patins  do União Desportiva Vilafranquense


O pavilhão José Mário Cerejo, em Vila Franca, situa-se junto à margem Norte do Tejo, separado da cidade pela linha dos caminhos-de-ferro. Fica lá a sede, de facto, do União Desportiva Vilafranquense (UDV), clube que reúne em si diversas modalidades amadoras, entre as quais o hóquei em patins. É lá que são tomadas as grandes decisões que norteiam o destino do UDV e é também ali que decorrem os treinos dos diversos escalões desportivos.
Segundo o aforismo popular, olhos que não vêem, coração que não sente, de modo que talvez pelo facto de a cidade estar permanentemente de costas voltadas para o rio, o clube e tudo quanto lhe diz respeito se tenha tornado, com o decurso do tempo, invisível à retina e assim quase ninguém se tenha apercebido de que no sábado, dia 26-09-2020, a equipa sénior de hóquei em patins, se conseguiu apurar para o campeonato 2020/2021 da segunda divisão. Um feito que não sucedia há 11 anos.
A evidência do desconhecimento a que aludo ficou patente no modesto número de simpatizantes que, findo o jogo UDV-Marítimo - o tal decisivo -, fez questão de marcar presença no Jardim Constantino Palha (de máscara, ao ar livre e com as devidas distâncias, a bem da saúde pública), a fim de dirigir um sentido aplauso aos atletas. Não é para admirar.
Por, sem quaisquer contrapartidas no horizonte, sem que no momento da vitória lhes tivesse sido estendido um tapete vermelho, sem a hipótese de um contrato promissor que permita remunerar o seu esforço e a dedicação, continuarem a praticar o desporto que amam. Parabéns, atletas. Parabéns, UDV.
João Pacheco de Andrade

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