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Quase dois mil autarcas escolhem pela primeira vez presidente de Lisboa e Vale do Tejo
foto DR Teresa Almeida

Quase dois mil autarcas escolhem pela primeira vez presidente de Lisboa e Vale do Tejo

Até agora os presidentes das cinco CCDR eram nomeados pelo Governo. Eleições estão marcadas para 13 de Outubro.

Quase dois mil autarcas escolhem pela primeira vez, em 13 de Outubro, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), uma região com 52 municípios e 3,7 milhões de habitantes. Até agora os presidentes das cinco CCDR – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve – eram nomeados pelo Governo.
A actual presidente do organismo, Teresa Almeida (ex-autarca de Setúbal pelo PS), é a única candidata ao cargo nestas primeiras eleições, tendo na sua equipa como candidato a vice-presidente Joaquim Sardinha, actual vice-presidente da Câmara de Mafra eleito pelo PSD. O ex-vereador socialista da Câmara de Ourém, José Alho, é o nome apontado para a outra vice-presidência, mas este nomeado pelo Governo.
Segundo os cadernos eleitorais, já publicados, podem escolher o futuro presidente da CCDR-LVT 1.987 autarcas, 408 dos quais são os membros dos executivos municipais dos 52 municípios desta área geográfica, que abrange os distritos de Lisboa e Santarém e parte dos distritos de Setúbal e Leiria. Além dos membros das câmaras, podem votar os 1.579 eleitos para as assembleias municipais, dos quais 188 são presidentes de junta ou uniões de freguesia.
Para eleger um dos dois vice-presidentes da CCDR-LVT (o outro continua a ser nomeado pelo Governo) votam também pela primeira vez, em simultâneo, os 52 presidentes das câmaras da região. Há concelhos que terão um peso maior na decisão do que outros, já que a votação depende do número de autarcas eleitos, o que, por sua vez, tem em conta a população do município.
Assim, no concelho de Lisboa votam 92 autarcas (17 elementos da câmara municipal e 75 elementos da assembleia municipal, dos quais 24 são presidentes de juntas de freguesia), um peso que difere do de municípios mais pequenos, como por exemplo Alpiarça, onde votam 21 autarcas (cinco elementos da câmara e 16 pela assembleia municipal, dos quais apenas um é presidente de junta).
As CCDR são serviços desconcentrados da Administração Central, dotados de autonomia administrativa e financeira, incumbidos de executar medidas para o desenvolvimento das respectivas regiões, como a gestão de fundos comunitários.

Uma ‘região’ com grandes assimetrias
De acordo com o site da CCDR-LVT, no território de 12.216,37 quilómetros quadrados, correspondente a 13,7% do território nacional, residem, trabalham ou estudam 3,7 milhões de pessoas, cerca de 35% da população portuguesa.
A plataforma Eyedata, que reúne dados de organismos oficiais, revela que a região LVT tinha em 2019 uma densidade populacional de 950,37 habitantes por quilómetro quadrado (quando no país o valor médio é de 111,62). No entanto, o território tem grande diversidade, com zonas rurais e urbanas, outras sobretudo de empresas e de serviços, e os aglomerados de população vão desde os 6.013,60 habitantes por quilómetro quadrado em Odivelas até aos 12,40 habitantes por quilómetro quadrado na Chamusca.
A região tem 52 concelhos e 355 freguesias englobados em quatro NUTS III (nomenclatura de unidades territoriais): a Área Metropolitana de Lisboa (18 municípios) e as Comunidades Intermunicipais do Oeste (12), Lezíria do Tejo (11) e Médio Tejo (11 dos 13 municípios desta comunidade, já que Vila de Rei e Sertã, no distrito de Castelo Branco, pertencem à região Centro).

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