Criminalidade no Entroncamento preocupa moradores e autoridades locais
Moradores do Bairro da Liberdade queixam-se do aumento de roubos. PSP diz que zona não é das mais complicadas da cidade mas confirma que o Entroncamento é todo ele um concelho difícil
Os residentes do Bairro da Liberdade e da Rua General Humberto Delgado, no Entroncamento, queixam-se de falta de segurança e de um aumento de furtos em residências, veículos automóveis e em estabelecimentos comerciais. A Polícia de Segurança Pública (PSP) diz estar atenta apesar de o número de ocorrências não apontar que essa seja uma zona problemática.
“O Entroncamento é todo ele um concelho difícil a muitos níveis no que diz respeito à criminalidade”, aponta o comissário distrital da PSP, João Silva. Este bairro não é excepção, mas o número de queixas feitas pelos moradores não traduz a realidade, segundo referiram alguns residentes do bairro e artérias envolventes. “O que pode acontecer é que, por receio de represálias, as pessoas não apresentem queixas das situações de que são alvo”, explica ainda o comissário da PSP.
Segundo alguns moradores, os desacatos entre membros de etnia cigana são quase diários, danificando alguns equipamentos do bairro, como ocorre no Jardim da Liberdade. Além destas situações, os roubos por esticão são também uma realidade. “Sair à rua é só quando é mesmo preciso e à noite é impensável”, referiu à reportagem de O MIRANTE um octogenário que não quis ser identificado.
O roubo de veículos também ocorre com frequência. Uma das vítimas conta que apresentou queixa na PSP, que acabou por recuperar o veículo em Alcanhões, no concelho de Santarém.
Os roubos por esticão, que aumentaram no último ano, nesta altura apontam apenas para um único indivíduo que a PSP referenciou. Trata-se de um homem na casa dos 30 anos, que veio passar uma temporada a casa de familiares, residentes nessa zona do Entroncamento, e que não é natural da região. “Este indivíduo foi logo identificado, já está fora do distrito e neste momento estamos a reunir prova para o acusar, mas o que há a sublinhar é o facto de ele já ter abandonado o Entroncamento”, destacou o comissário João Silva.
O MIRANTE enviou ainda um conjunto de questões ao presidente da Junta de Freguesia Nossa Senhora de Fátima, Ezequiel Estrada, sobre esta situação, mas até ao fecho da edição não obteve qualquer resposta.