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Depois dos balcões a Caixa desligou os multibancos em Alhandra e Forte da Casa   
Manifestações contra o fecho da agência de Alhandra uniram população e autarcas de todas as cores políticas

Depois dos balcões a Caixa desligou os multibancos em Alhandra e Forte da Casa   

Autarcas e população estão indignados com a situação. Banco diz estar a analisar local alternativo em parceria com a autarquia para relocalizar os equipamentos.



Primeiro foram-se os balcões, agora também as caixas multibanco que serviam os clientes da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foram desligados em Alhandra e Forte da Casa, deixando as populações sem uma ligação física ao banco do Estado.
A situação está a causar indignação na comunidade e entre os autarcas das duas localidades. O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, também está descontente com a situação e já escreveu uma missiva à administração do banco a propor iniciativas que permitam reactivar os equipamentos noutros locais, se necessário. Tudo para que a população não fique de vez sem uma resposta próxima.
Questionada por O MIRANTE, fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos explica que manteve o funcionamento da área automática de Alhandra como medida mitigadora após o encerramento da agência mas que agora precisa de libertar o espaço numa óptica de boa gestão de recursos. Por isso, promete em cooperação com a autarquia, voltar a instalar equipamentos automáticos em Alhandra, “em zona central que se encontra em identificação”, mantendo-os em funcionamento e alterando apenas a sua localização.
Em Alhandra o balcão da CGD fechou portas em 2018 sob forte contestação popular mas deixou em funcionamento os terminais multibanco, de leitura de cadernetas, para ir permitindo depósitos e outros movimentos. Só que a partir de 1 de Outubro desligaram-se as fichas e o serviço fechou de vez.
“A nossa freguesia viu-se impedida de ter um serviço público de excelência. Não sei quantas mais voltas devo dar. Já fui ao Presidente da República, ao responsável da CGD, ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças, toda a gente me tem fechado as portas”, lamenta Mário Cantiga, presidente da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz.
A sangria de multibancos na vila tem sido elevada nos últimos anos, como O MIRANTE tem noticiado, sendo já pelo menos seis as caixas, de diferentes entidades bancárias, que foram retiradas. Mário Cantiga diz que a situação causa grande preocupação e não esconde a indignação pela incapacidade dos bancos em prestarem serviço público à comunidade. “É muito triste chegar ao fim do mandato e estarmos a lidar com um problema que não podemos resolver. Se caminhamos para o fim de todos os multibancos, o que vai ser da nossa população e desta união de freguesia?”, questiona. O autarca diz estar a acompanhar a situação de Alhandra com preocupação. “Já pedi nova audiência ao conselho de administração da CGD com carácter de urgência. Em Alhandra a câmara está disponível para ser um factor de solução e isso é colocar a Caixa mesmo em frente do nosso mercado municipal. Ficou esta sugestão ao banco e a nossa disponibilidade para ajudar. Estamos a aguardar resposta”, explica.

Queixas também no Forte da Casa
O fim da máquina multibanco do Forte da Casa também tem causado queixas, ainda que o problema seja minimizado pelo facto de estar em funcionamento o balcão da CGD na Póvoa de Santa Iria, que fica a três quilómetros. Na última assembleia de freguesia vários eleitos condenaram a situação. A junta diz estar a analisar como poderá contribuir para, à semelhança de Alhandra, tentar relocalizar o equipamento.

Depois dos balcões a Caixa desligou os multibancos em Alhandra e Forte da Casa   

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