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Presidente da AIP diz que concentração empresarial é frustrante
Luís Todo Bom entre José Eduardo Carvalho e Ferraz da Costa no dia da apresentação do livro

Presidente da AIP diz que concentração empresarial é frustrante

José Eduardo Carvalho falou na apresentação de livro de Luís Todo Bom.

Portugal não consegue aumentar as exportações nem a produtividade, nem pagar salários mais elevados ou aumentar a capacidade de investimento na inovação, enquanto as microempresas forem 96 por cento do tecido empresarial.

O presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, considera que o défice de dimensão do tecido empresarial compromete e limita a sua actuação em mercados globalizados e que isso constitui um dos três principais problemas da estrutura empresarial portuguesa.
Falando na apresentação do livro “Manual de Gestão de Empresas Familiares”, da autoria de Luís Todo Bom, que decorreu dia 14 de Outubro, na sala dos Presidentes da Associação Industrial Portuguesa (AIP), fez a análise do que leva à manutenção do problema e apontou soluções.
“O imperioso processo de concentração empresarial tem sido frustrante. A política pública não estimula, as associações empresariais não o incrementam. A consultoria especializada também não o dinamiza, porque não há mercado. E não há mercado porque existe uma cultura empresarial que é refractária a estes processos. Se isto é assim, a política pública tem de intervir”.
Para José Eduardo Carvalho, a necessidade de concentração empresarial é vital. “Dificilmente iremos alterar a intensidade e a base exportadora do país, melhorar a qualidade de gestão e a produtividade, aumentar a capacidade de investimento na inovação e pagar salários mais elevados, quando 50 por cento do emprego está concentrado nas microempresas e enquanto estas representarem 96 por cento do tecido empresarial. É difícil. Vale mais não nos enganarmos. Não chegaremos lá”, sublinhou.
“Nunca houve instrumentos de política económica, nem estímulos fiscais para dinamizar os processos de concentração e redimensionamento empresarial. E pelo que vejo, nos próximos sete anos também não haverá, adiando assim a resolução de um problema gravíssimo que o país tem” lamentou o presidente da AIP.
Luís Todo Bom partilha a visão do presidente da AIP mas, tal como ele, não vê como possível o redimensionamento das empresas nos próximos anos, na actual conjuntura política.

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