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Não faltam médicos, o que falta são boas decisões políticas 

Meses, anos, décadas a ouvirmos sempre a mesma ladainha da falta de médicos de família e, no entanto, o país até tem médicos a mais. Pelo menos mais médicos por habitante do que a maioria dos países europeus.
De facto, a seguir à Grécia e à Áustria, somos o país com maior quantidade de médicos por número de habitantes, entre os 36 países da OCDE. E ocupamos o terceiro lugar, apenas atrás da Irlanda e da Dinamarca, em volume de médicos formados, por ano e por número de habitantes.
Há quem defenda que o problema é haver médicos a menos no Serviço Nacional de Saúde, mas o que vou verificando é que, quantos mais médicos são contratados mais médicos faltam. E não são só médicos de família. Faltam médicos nas urgências e faltam médicos em alguns serviços hospitalares. Quer dizer, faltar não faltam, mas têm que ser contratados a empresas porque não querem ser médicos do Serviço Nacional de Saúde.
No Centro Hospitalar do Médio Tejo (Hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas), por exemplo, segundo a administração, trabalham 15 cardiologistas, contratados a empresas, mas nunca ninguém concorre às vagas abertas para cardiologistas. E acho que o mesmo se passa com anestesistas.
Pela minha parte e tendo em conta o que vou vendo, considero que há um problema grave que só os governantes podem resolver, mas eles, ou não sabem ou não querem resolvê-los. E quem paga é sempre o cidadão.
Hélder Botelho

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