uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Taxa de Gestão de Resíduos vai duplicar  e reflectir-se na factura da água
Manuel Valamatos, ao centro, refere que o valor pago pelos resíduos é "considerável"

Taxa de Gestão de Resíduos vai duplicar  e reflectir-se na factura da água

Novo valor entra em vigor em Janeiro do próximo ano e é considerado exagerado por autarcas de Abrantes. Medida do Governo vai reflectir-se na conta da água, saneamento e resíduos a pagar pelos consumidores.


O vereador do PSD na Câmara de Abrantes, Rui Santos, pediu ao presidente do município, Manuel Valamatos (PS), que interceda junto do Governo para que reveja a aprovação do aumento do valor da Taxa de Gestão de Resíduos, de 11 para 22 euros, por tonelada de lixo depositado em aterro pelos municípios. Uma medida que deve entrar em vigor a partir de Janeiro de 2021 e que, previsivelmente, vai onerar a factura de água e resíduos a pagar pelos consumidores.
“Andamos sistematicamente a tentar baixar a tarifa dos resíduos e agora o Governo central vem impor-nos mais 11 euros? É inadmissível”, afirmou Rui Santos, dizendo esperar que Manuel Valamatos consiga despir a camisola partidária em defesa dos interesses dos munícipes.
Na resposta, o presidente da Câmara de Abrantes admitiu “grande preocupação” com o assunto. “Vai ser uma subida para todos. Tem que haver solidariedade entre os municípios para que esta matéria possa ser reavaliada”, sublinhou Manuel Valamatos.
O comunicado do Conselho de Ministros refere que o objectivo desta medida é incentivar ainda mais a redução da produção de resíduos, estimular o cumprimento dos objectivos nacionais na matéria e desincentivar a entrada de resíduos provenientes de outros países.
O vereador do Bloco de Esquerda (BE), Armindo Silveira, considera que este aumento de preços é culpa do governo PSD/CDS e da privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF). “Fez com que os privados entrassem no negócio do lixo e que os preços disparassem. Temos memória de como as coisas são feitas e não podemos passar por cima das decisões políticas tomadas há algum tempo fingindo que não temos nada a ver com o assunto”, afirmou.
Manuel Valamatos recordou que sempre foi contra a privatização da EGF. “A privatização dos resíduos sólidos urbanos pôs em causa todo um domínio de acção sobre estas matérias. A taxa de gestão de resíduos já tinha sido inflacionada e agora esta subida para o dobro deixa todos preocupados. O preço que pagamos de resíduos é um valor muito considerável até em comparação com a água e o saneamento”, sublinhou o presidente, acrescentando que são os cidadãos que vão pagar essa factura.
Em Julho, a Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente (AEPSA) considerou incompreensível a decisão de aumentar o valor da taxa para 22 euros por tonelada, sobretudo face à actual situação económica do país, pois terá “impactos directos muito significativos, quer para as empresas, quer para os cidadãos”.

Taxa de Gestão de Resíduos vai duplicar  e reflectir-se na factura da água

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido