
Foi de táxi assaltar os correios de Vialonga que ficam ao lado da GNR
Assaltante entrou na loja dos CTT sem se aperceber que na vizinhança ficava o posto da Guarda. Acabou apanhado à saída, depois de ter sido dado o alerta.
Ficou obrigado a apresentações diárias nas autoridades e proibido de sair do país enquanto aguarda julgamento, o cidadão estrangeiro, residente no Barreiro, que na última semana protagonizou uma insólita tentativa de assalto aos Correios de Vialonga. O homem, de 22 anos, está autorizado a permanecer em Portugal para realização de tratamentos médicos, mas agora ficou com o passaporte confiscado até o juiz decidir as consequências da sua atitude.
Na terça-feira, 13 de Outubro, deslocou-se a Vialonga armado com uma faca de cozinha e com um gorro dentro da mochila. Chegou à vila ribatejana de autocarro e pediu transporte para a estação dos Correios a um dos táxis da praça. Foi um taxista do Cabo de Vialonga que acabou por responder ao serviço, por indisponibilidade dos restantes, levando o assaltante à estação dos CTT situada na Rua Calouste Gulbenkian, a mesma onde está localizado o posto da GNR.
Antes de sair do táxi o meliante pediu ao condutor para esperar, porque não ia demorar e precisava de regressar. O taxista concordou e decidiu aguardar. Depois de entrar nos Correios meteu o gorro na cabeça, irrompeu pela fila, chegou-se ao balcão e num português sofrível exigiu à funcionária que lhe desse todo o dinheiro ou matava-a.
A funcionária manteve a calma, conseguiu trancar o cofre antes de o entregar e deu também ao assaltante o valor da caixa, contendo pouco mais de mil euros em notas e moedas. Nesse instante um outro funcionário que estava a entrar na estação viu o que se passava e decidiu ir a correr ao posto da GNR pedir ajuda. Os guardas apanharam o homem quando estava a tirar o gorro e a sair dos Correios. Acabou interceptado logo ali e todos os bens foram recuperados. O assaltante não ofereceu resistência.
O MIRANTE tentou falar com o taxista envolvido na situação, mas tal não foi possível até à data de fecho desta edição. “O homem do táxi nem percebeu o que estava a acontecer. Eu estava a regressar a casa e vi um homem dos Correios a correr rua abaixo mas não tinha logo percebido o que aconteceu. Só quando vi a GNR é que percebi que estava a haver um assalto”, recorda a O MIRANTE Florbela Soares, moradora em Vialonga. Garante que o bairro é pacato e que raramente há problemas. “Foi tudo muito pacífico, sem violência, os GNR foram impecáveis. Agora já se sabe, com a pandemia muita gente vai passar dificuldades e isto pode acontecer mais vezes”, lamenta.
