Oferta de bilhetes para touradas em Santarém criticada por autarcas da oposição
Presidente da câmara justifica que se trata de uma prática antiga por parte do município.
A oferta de bilhetes para as touradas por parte da Câmara de Santarém foi novamente criticada em sessão de assembleia municipal por alguns eleitos, que pediram mesmo ao presidente do município para os retirar da lista de beneficiários por serem contra essa prática e, nalguns casos, também contra esse tipo de espectáculo.
Foi o caso de José Magalhães, do movimento independente Mais Santarém eleito na lista do PS, que disse que “ficaria grato” se o seu nome não constasse da lista, por não concordar com a oferta de bilhetes nem considerar as corridas de touros espectáculos culturais.
Francisco Mendes, também do Mais Santarém, acrescentou que esse tipo de procedimento por parte do município “não faz sentido”, até porque a autarquia está a gastar dinheiro em bilhetes que nalguns casos não vão ser usados. Referiu ainda que a tauromaquia é o único tipo de evento em que o município oferece bilhetes aos eleitos da assembleia municipal e às juntas de freguesia.
Também André Gomes (CDU) criticou essa medida da autarquia, tendo a eleita do PSD Cristina Campos feito a defesa da câmara gerida pelo seu partido. A eleita social-democrata alegou que a compra de 5 mil euros de bilhetes para a tourada realizada em Setembro na Monumental Celestino Graça, oferecidos pelo município a várias entidades, acaba por ser uma forma de ajudar a dinamizar a cidade nesses dias. “Percebe-se que esta oferta é em prol da dinâmica da cidade e não pelo espectáculo em si”, afirmou Cristina Campos.
Já o presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), recordou que essa é uma prática antiga, mas admitiu que talvez seja preferível, no início de cada mandato, sondar os eleitos dos diversos órgãos autárquicos para saber quem quer receber bilhetes ou não, caso haja oferta dos mesmos por parte do município.