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Alverca é destino de parque de contentores banido de Camarate

Polémico parque de contentores, que era uma dor de cabeça para os moradores de Camarate, foi encerrado pelo município de Loures. O terminal da Tertir em Alverca foi a alternativa escolhida e a Câmara de Vila Franca de Xira já manifestou a sua preocupação. Em causa está o acréscimo de tráfego pesado na cidade e as consequências ambientais daí resultantes.

Mais de uma centena e meia de contentores de carga estão a ser transferidos para o terminal da Tertir em Alverca e a situação está a gerar preocupação junto de autarcas e população. A grande maioria dos contentores é oriunda de um outro parque que foi encerrado pela vizinha Câmara de Loures, situado na Quinta do Gradil, em Camarate.
Diversos contentores já estão em Alverca e diariamente continuam a chegar mais. A Câmara de Vila Franca de Xira está a acompanhar a situação com muita preocupação e já enviou um ofício formal ao proprietário do espaço dando conta do seu desagrado. O município diz a O MIRANTE que está a aguardar resposta formal da Tertir ao ofício para depois equacionar as diligências a tomar.
“A autarquia irá desenvolver todas as acções que estejam ao seu alcance, no quadro da legislação em vigor e das suas competências, no sentido de não permitir ou de minimizar os impactos negativos desta actividade naquela zona de Alverca”, garante.
Tal operação naquela zona central da cidade acarreta um acréscimo de camiões e outro tráfego pesado em Alverca, que gerará impactos ambientais e irá saturar uma estrada nacional já de si congestionada com trânsito pesado. “Os serviços municipais estão a analisar tudo cuidadosamente”, afiança a câmara.
Além das manifestações individuais de desagrado que estão a surgir por parte de alguns moradores, também Nuno Libório, vereador da CDU, já alertou para o “grande prejuízo ambiental e de ordenamento de trânsito” que tal instalação acarreta. “A câmara deve tomar todas as medidas preventivas no sentido de não se fazer na Tertir um terminal que foi despejado de outro concelho. Não deve ser o nosso concelho a receber o que, por decisão de um tribunal, não tinha condições para existir noutro concelho”, frisa o autarca.
A situação, recorde-se, teve origem numa acção de despejo intentada pela Câmara de Loures à empresa - que se dedica à construção, movimento, parqueamento, reparação e transporte de contentores -, ordenando a cessação da utilização do espaço e a reposição do terreno nas condições em que se encontrava antes da sua utilização como parque de contentores. O parque ocupava, em Camarate, cerca de 25 mil metros quadrados.
Na decisão do tribunal foi considerado que a actividade da empresa causava “intenso dano para o interesse público e das populações locais”, através da poluição sonora e do ar, bem como do perigo que a sobreposição dos contentores acarretava.

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