A Câmara de Tomar intensificou as negociações com o proprietário da Quinta da Granja, que está à venda por sete milhões de euros, para tentar garantir um acesso público à zona do Açude de Pedra, que só pode ser acessível por terrenos da quinta. A presidente da autarquia, Anabela Freitas, confirma que as negociações, que começaram há cerca de um ano, intensificaram-se nos últimos dois meses. O proprietário está a avaliar as contra-partidas que podem passar pelo município criar infraestruturas que delimitem a propriedade.
Situada na zona da Estrada do Prado, a história da Quinta da Granja remonta ao século XVI. Se o imóvel, que está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1996, for vendido, Anabela Freitas espera que o edifício possa ficar ao serviço do turismo ajudando a potenciar a economia local.
De acordo com historiadores, o edifício principal foi doado à Ordem de Cristo em 1531. Entre este ano e 1543, o prior do Convento de Cristo, Frei António de Lisboa, aumentou a área edificada, mandando construir um assento de casas com oratório, passando o palacete a servir de casa de repouso aos freires de Tomar. O edificado tem 1.996 metros quadrados de área divididos em dois pisos e 37 divisões.
A quinta possui um pombal, nora, lagar, área de regadio, vinha, cultura arvense, pastagem, mata e choupal, construções rurais e leito de curso de água. Tem uma área de terreno de 235 hectares, onde se inclui a zona do Açude de Pedra, uma zona de lazer junto ao rio Nabão, onde antigamente, muitas pessoas iam a banhos no Verão.