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Aqueduto dos Pegões em Tomar está esquecido e é alvo de vandalismo
Paredes do Aqueduto dos Pegões estão repletas de pichagens

Aqueduto dos Pegões em Tomar está esquecido e é alvo de vandalismo

Monumento classificado como de interesse nacional está esquecido e não tem feito parte das agendas políticas.

O Aqueduto dos Pegões, em Tomar, uma construção de 1614, caiu no esquecimento e está entregue ao abandono. A construção, classificada como Monumento Nacional desde 1910, tem sido alvo de actos de vandalismo. No mais recente pintaram a spray símbolos, referências LGBT e outras mensagens. Em 2016 os deputados do PSD eleitos pelo distrito de Santarém foram ao aqueduto reivindicar um investimento no local. Mas depois disso mais nada fizeram e retiraram o assunto da agenda política. A Câmara de Tomar também não se mostra preocupada com o estado do aqueduto e tem as atenções viradas para outras prioridades, como o combate à Covid-19.
O deputado Duarte Marques, um dos que fez a visita na altura, diz que até pode fazer pressão junto da ministra da Cultura, “mas se as câmaras, as entidades de turismo e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo não agarrarem neste património como um pólo de desenvolvimento, são mais as notícias do estado degradado do aqueduto do que propriamente da sua promoção”. Apesar de não ter conhecimento do estado do aqueduto, com seis quilómetros, construído para abastecer de água o Convento de Cristo, o deputado diz que vai falar da situação numa próxima reunião com a ministra da Cultura.
A câmara descarta responsabilidades, justificando que o monumento não é da sua responsabilidade. E nem sequer é uma prioridade para a autarquia, muito menos em termos financeiros, já que o dinheiro do município está a ser utilizado na prevenção e combate à Covid-19. A presidente da câmara, Anabela Freitas, sublinha que não é da competência do município uma nova intervenção no aqueduto. A autarca também desvaloriza os actos de vandalismo, dizendo que situações destas acontecem noutros monumentos a nível nacional.
A última intervenção no Aqueduto de Pegões foi em 2017 com a situação específica de reabilitação de quatro pilares que colocavam em causa a estrutura do monumento. O vereador da oposição da câmara de Tomar, José Delgado, sempre foi contra a estratégia utilizada e, neste momento, avisa que “é necessário lançar uma nova empreitada com vista à correcção de algumas patologias, ou poderão acontecer derrocadas em algumas zonas do aqueduto”.

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