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Empresária de Tomar julgada por encomendar morte do marido


A arguida está indiciada de ter contactado o filho de uma amiga para seguir o marido e matá-lo. O plano acabou por não ser concretizado e agora a mulher está a ser julgada por tentativa de homicídio qualificado.
Uma empresária de Tomar está a responder por ter encomendado a morte do marido há cerca de quatro anos. O casal estava casado há duas décadas quando a arguida pensou contatar uma pessoa para seguir e matar o marido, que estava com vontade de se divorciar. A mulher, de 60 anos de idade, não conseguiu concretizar o seu plano e está agora a ser julgada no Tribunal de Santarém por um crime de homicídio qualificado, na forma tentada, arriscando uma pena de prisão.
Entre o Verão de 2016 e o de 2017, a arguida contactou o filho de uma amiga para este seguir o marido e matá-lo com uma pancada na cabeça. No plano delineado pela mulher, a ideia era depois de deixar a vítima, emigrante na Suíça há vários anos, inconsciente, atirar o carro com o corpo lá dentro pela falésia do Sítio da Nazaré. A arguida entregou vários elementos ao homem que iria executar o plano, como um bilhete de identidade antigo e dados sobre os hábitos dele, bem como as matrículas dos carros que o marido usava quando estava em Portugal.
A mulher entregou ao filho da amiga dinheiro para ele concretizar o plano, embora não se tenha apurado qual foi o valor exacto. Porque é que o homem nunca concretizou o plano será uma questão a apurar em julgamento, tal como as motivações que estiveram na origem do homicídio encomendado.
O caso tinha sido inicialmente arquivado pelo Ministério Público, mas o queixoso pediu a instrução do processo e o juiz que reavaliou a situação considerou que a empresária devia ser julgada. Ao contrário do Ministério Público, o juiz de instrução entendeu que foram recolhidos indícios de que a arguida mandou seguir e matar o marido. O casal está separado na sequência de um divórcio litigioso.

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