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Mação e Sardoal descontentes com funcionamento da Tejo Ambiente
Vasco Estrela e Miguel Borges

Mação e Sardoal descontentes com funcionamento da Tejo Ambiente

Presidente de Mação diz que empresa intermunicipal não tem feito um bom papel e lamenta não existirem investimentos previstos para o concelho. Autarca do Sardoal queixa-se de facturas com valores exorbitantes.

O presidente da Câmara de Mação não está satisfeito com o funcionamento da Tejo Ambiente, nova empresa intermunicipal que gere as redes de água e saneamento dos concelhos de Tomar, Ourém, Sardoal, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha. A empresa começou a funcionar em meados de Junho e tem havido diversas reclamações em relação ao serviço. Vasco Estrela (PSD) disse a O MIRANTE que a recolha do lixo tem sido feita com atrasos nalgumas freguesias e as intervenções nos pavimentos, após obras resultantes de fugas de água, têm demorado mais tempo que o previsto.
Além disso, há o problema com o valor da factura da água que aumentou consideravelmente pois Mação era dos concelhos que possuía dos tarifários mais baixos da região. O autarca refere que todas estas situações têm criado “muito ruído” no concelho e alguma indignação por parte da população. “Ninguém gosta de estar a pagar mais e perceber que não vê retorno desse serviço que está a ser pago”, sublinha Vasco Estrela.
O vizinho presidente da Câmara do Sardoal juntou-se às críticas na semana passada ao dizer em sessão camarária que os tarifários apresentados pela Tejo Ambiente estão totalmente desajustados. Miguel Borges (PSD) criticou os valores da última facturação, “muitíssimo superiores aos valores habituais”. E manifestou preocupação com a situação que diz estar a passar-se nos seis concelhos onde a empresa opera.
Miguel Borges considera que a actuação da Tejo Ambiente não tem corrido como esperado. “Aconteceram lapsos operacionais que condicionam em muito a vida dos munícipes de todos os concelhos abrangidos”, lamentou. Deu como exemplo o caso de um munícipe que estava a receber facturas com valores muito abaixo do normal e foi pedir esclarecimentos. “A leitura não era feita e depois no último mês, com leitura real, os valores dispararam. É um disparate, tem que haver consequências”, criticou.
O autarca do Sardoal já manifestou o seu desagrado ao conselho de administração e ao director executivo da empresa intermunicipal. Foi ainda solicitada, com urgência, uma explicação para o que se está a passar e requerida uma rápida regularização das situações anómalas.

Mação ainda não teve investimentos
O presidente da Câmara de Mação manifestou também o seu desagrado por, até à data, não ter havido qualquer investimento no seu concelho e não haver previsão para que isso aconteça, ao contrário do que já aconteceu noutros concelhos. “Isto deve-se a decisões estratégicas por parte da empresa, que não foram tomadas por mim, mas que respeito. Enquanto presidente da Câmara de Mação e da assembleia-geral da Tejo Ambiente, compete-me perceber as contingências que a empresa está a viver, mas principalmente defender os interesses dos munícipes deste concelho”, diz Vasco Estrela.
Vasco Estrela considera que Mação não tinha outra alternativa senão aderir à empresa intermunicipal, assim como os outros municípios. No entanto, realça que os negócios para serem bons têm que ser bons para todos. Questionado se há autarcas de outros concelhos que não estão a ser solidários com Mação, Vasco Estrela afirma que não existe qualquer mau estar. “Ainda estamos na fase de dar o benefício da dúvida nas situações que estão a correr menos bem. Sabemos como é difícil montar uma empresa deste nível desde o início e a dispersão geográfica que engloba”, concluiu.

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