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Maioria dos incêndios em VFX tem causas desconhecidas 
Um dos maiores incêndios deste ano no concelho de Vila Franca de Xira teve lugar em Vialonga

Maioria dos incêndios em VFX tem causas desconhecidas 

Na maior parte das investigações não é apurada a causa da ignição. Plano municipal contra incêndios revela que têm existido mais ocorrências mas menos área ardida. Agosto e fins-de-semana são uma combinação inflamável.

Entre 2007 e 2018, 270 dos 365 incêndios florestais registados no concelho de Vila Franca de Xira foram investigados pela Guarda Nacional Republicana e na maior parte deles – em cerca de 74% - as causas da sua origem foram desconhecidas.
Do que se conseguiu apurar, 19% dos incêndios deveram-se a acções negligentes da população, como queimadas ilegais, churrascos ou atirar cigarros de carros em andamento. Cerca de 5% dos incêndios deveram-se a reacendimentos. O valor restante, menos de dois por cento, teve origem em linhas eléctricas, limpeza de áreas urbanizadas e uso do fogo para renovação de pastagens.
Os dados constam do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios de Vila Franca de Xira, elaborado pela protecção civil municipal e aprovado por unanimidade em reunião do executivo. O documento, que vai entrar em consulta pública, traça um diagnóstico da situação concelhia no que diz respeito aos incêndios tendo em vista melhorar o combate às chamas no período 2020-2029.
A União de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz é a recordista do concelho nos fogos com origem negligente, seguida da União de Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras, Vialonga, Vila Franca de Xira, Póvoa e Forte da Casa e, por último, Alverca.
Em 64 por cento dos casos o primeiro alerta para a existência de fogo florestal foi dado por populares. O alerta dado pelos postos de vigia corresponde a apenas um por cento do total dos registos, atestando a pouca importância ao nível da vigilância no município.

Área ardida tem sido cada vez menor
O concelho de Vila Franca de Xira é caracterizado por registar um elevado número de ocorrências e pouca área ardida. Desde 2004 que a área ardida tem vindo a diminuir no concelho, passando dos 69 hectares ardidos para 10 hectares em 2018. O número de ocorrências também desceu, passando de 166 para 36. Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz é a união de freguesias com maiores incêndios registados, seguida de Vialonga, Alverca e Vila Franca de Xira.
O estudo revela que a maioria dos incêndios tem início ao fim-de-semana, em particular às sextas-feiras e aos sábados. Esta coincidência pode estar relacionada com o aumento da pressão humana nos espaços florestais, “devido a uma maior concentração da actividade dos agricultores a tempo parcial durante o fim-de semana, nomeadamente através da realização de queima de resíduos, resultantes de práticas agrícolas”, lê-se no documento.
No período entre 1996 e 2018 foram identificados seis dias críticos onde há maior prevalência de incêndios: os dias 2, 14, 15, 22 e 31 de Agosto e o dia 15 de Setembro. A maioria dos incêndios começa entre as 11h00 e as 20h00, que é considerado o período crítico. A maioria dos incêndios começa perto de vias de comunicação.

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