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O confinamento fez crescer o negócio da venda de tintas
Marco Silva é o sócio-gerente das lojas Tintas Piteko e abriu um espaço em Santarém há dois anos e meio

O confinamento fez crescer o negócio da venda de tintas

Marco Silva sempre gostou de trabalhar. Depois de alguns anos a trabalhar por conta de outrem arriscou e, em 2004, abriu a sua primeira loja de venda de tintas. Em Maio de 2018 a Tintas Piteko abriu em Santarém, no bairro de São Domingos. 2020 foi o ano em que o seu negócio mais cresceu sobretudo devido ao confinamento que aumentou o pedido de venda de tintas. Nos planos do empresário está a abertura de mais uma loja, embora ainda não haja data.

Marco Silva não sabe estar parado nem os seus dias são sempre iguais. E é assim que gosta. Natural da Benedita, distrito de Leiria, estudou até ao 12º ano. Nas férias de Verão trabalhava na área do calçado, um dos principais negócios da sua terra natal, e nas obras da construção civil para ganhar mais uns trocos. O seu primeiro emprego foi como servente de pedreiro durante alguns anos. Nessa altura, os pintores com quem trabalhava convidaram-no para vender tintas. Apesar de ter muito trabalho na construção civil decidiu mudar-se porque não gosta de estar muito tempo no mesmo local e por considerar um trabalho monótono e duro.
O comércio da venda de tintas permite-lhe deslocar-se pelo país e contactar com clientes, que é o que mais gosta de fazer. Ganhou uma boa carteira de clientes e foram estes que lhe disseram muitas vezes que deveria criar a sua própria empresa. “Estavam sempre a dizer-me que deveria ter um negócio próprio porque tinha jeito para falar com os clientes e desenrascava-os sempre que pediam. Estava sempre disponível”, explica a O MIRANTE.
Marco Silva arriscou e depois de dois anos a trabalhar por conta de outrem abriu a sua primeira loja, Tintas Piteko, na Benedita, em 2004, sendo revendedor autorizado de produtos CIN, líder ibérica em tintas e vernizes. “Não foi fácil arrancar. Normalmente as pessoas pedem um empréstimo ao banco para comprarem uma casa ou um carro. Pedi um empréstimo para comprar tintas para vender e tê-las já pagas quando começasse com a empresa. Felizmente, tem corrido bem”, recorda.
O negócio foi crescendo e, em 2012, expandiu a empresa abrindo mais uma loja em Alcobaça. Em Maio de 2018 escolheu Santarém para abrir a sua terceira loja. A escolha deveu-se ao facto de ser a única capital de distrito em que a CIN não domina a quota de mercado. “Em consonância com a marca vim tentar fortalecer essa posição”, afirma. Marco Silva diz que a loja de Santarém está na fase de semear para depois colher, acrescentando que, normalmente, demora entre quatro a cinco anos a cimentar uma loja e a carteira de clientes.
No entanto, confessa que durante o período de confinamento aumentou o número de clientes sobretudo em Santarém. As pessoas estavam fechadas em casa e decidiram pintar paredes. As lojas Tintas Piteko nunca fecharam e faziam entregas em casa de tudo o que os clientes pediam. “Este tem sido o ano em que mais facturei. Tivemos muitas encomendas porque muitas obras de construção civil não pararam e as pessoas em casa pediram muitas tintas e material para pintar”, refere.
Nos planos do empresário, de 43 anos, está a abertura de mais uma loja. Se tudo correr como previsto será em Óbidos mas ainda não existe data de inauguração. O seu dia-a-dia é passado entre as três lojas e um pouco por todo o país onde vai escolher tintas, ver cores numa obra ou entregar encomendas. O horário de funcionamento das lojas é das 09h00 às 19h00 mas Marco Silva costuma dizer, em jeito de brincadeira, que o horário da empresa é enquanto o telemóvel tiver bateria.
Há cerca de ano e meio apostaram na própria marca de tinta, a Piteko, que Marco Silva diz estar a ter boa aceitação junto dos clientes. Nas suas lojas existem cinco máquinas de fazer cor na hora. “O cliente escolhe a cor e conseguimos produzir imediatamente para servi-lo”, explica. Também vendem acessórios e materiais relacionados com tintas para casas e empresas, pavilhões, indústria de ferro, gradeamento, carpintarias, entre outros. Além disso, o empresário trouxe para venda na loja de Santarém facas e navalhas fabricadas na Benedita.
Os cinco funcionários da empresa estão distribuídos pelas três lojas. Marco Silva considera que o segredo do sucesso é ter um serviço de qualidade, disponibilidade para os clientes, fidelização dos mesmos e um grande stock de tintas disponível.

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