Confrontado pela vereadora socialista Sónia Sanfona, na última reunião do executivo, sobre o que estaria a acontecer na Águas do Ribatejo, para além da pandemia, que justificasse a emissão de facturas de valores exorbitantes, o presidente da Câmara de Alpiarça respondeu que parece haver uma demonização da empresa intermunicipal. Remetendo qualquer esclarecimento para o conselho de administração da Águas do Ribatejo, Mário Pereira (CDU) reiterou que nenhum munícipe se dirigiu a ele com alguma queixa, formal ou informal, mas não resistiu a deixar a sua opinião, forjada nos princípios da cartilha comunista: “Possivelmente trata-se de uma tentativa de descredibilização do sector público para empurrar o negócio da água para o sector privado”. De seguida, Mário Pereira deu como mau exemplo o Cartaxo, município que entregou há 10 anos a gestão da rede de água e saneamento a uma empresa privada e tem andado há anos a tentar resgatar a concessão depois de queixas frequentes da população pelo mau serviço em algumas localidades e pelo aumento das tarifas.