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Ortiga valoriza zona ribeirinha  com Núcleo Museológico dedicado ao Tejo 

Projecto da Câmara de Mação foi inaugurado no dia 18 de Dezembro e representa um investimento na ordem dos 230 mil euros. Requalificação da praia fluvial e construção de 14 quilómetros de passadiços são as obras que se seguem.


A Câmara Municipal de Mação inaugurou sexta-feira, 18 de Dezembro, o Núcleo Museológico de Ortiga, um investimento na ordem dos 230 mil euros, com o objectivo de homenagear a população ribeirinha e perpetuar as tradições e artes da pesca.
“O Núcleo Museológico de Ortiga está no centro da aldeia e nasceu da conversão do edifício da antiga escola primária da aldeia, também um espaço de memória e tradição, sendo que este museu pretende retratar e perpetuar as vivências da população ribeirinha de Ortiga, que viveu muito de e para a pesca”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela (PSD), tendo destacado o “justo reconhecimento” da importância económica e social do rio e da pesca para esta aldeia à beira Tejo.
Para o autarca, o novo espaço museológico “tem também a virtude de colocar o rio Tejo na centralidade” do núcleo expositivo, e onde o barco picareto, criado pelo mestre calafate ‘Ti’ Manuel Fontes, natural daquela aldeia, será peça em destaque, numa mostra que se pretende constituir como “uma forma de homenagear toda uma população, a sua forma de viver, e dignificar o nosso passado”.
O edifício da escola primária mantém a sua estrutura principal e o interior foi adaptado a várias zonas, como a zona de recepção e duas salas, uma das quais servirá como espaço de acolhimento de uma exposição permanente sobre as artes da pesca e a tradição e cultura locais, enquanto a segunda albergará outras atividades ligadas à temática do núcleo.
A requalificação do exterior incluiu uma cobertura, onde estará instalado um barco picareto, tradicional de Ortiga, obra do falecido e último mestre calafate de Ortiga, cujo espólio integra a exposição permanente do museu.

Requalificação da praia fluvial e passadiços
Por outro lado, notou Vasco Estrela, o Núcleo Museológico de Ortiga “perspectiva também o futuro, ao recentrar o rio Tejo e fazer a ligação entre o rio e as pessoas, numa visão do que foi o seu passado e o que pode ser o futuro” naquela freguesia ribeirinha.
Assim, a este investimento na ordem dos 230 mil euros, “suportado exclusivamente pela câmara municipal”, junta-se um outro na ordem dos 400 mil euros, este já apoiado por fundos comunitários, que passa pela requalificação da praia fluvial de Ortiga e zona envolvente e pela construção de passadiços na margem do rio Tejo, numa extensão de cerca de 14 quilómetros.
A construção dos passadiços, no âmbito das Rotas das Pesqueiras e Lagoas do Tejo, surge como “complemento” do Núcleo Museológico de Ortiga e vai permitir “ligar as pesqueiras tradicionais na margem direita do Tejo às lagoas”, revivendo uma zona em Ortiga com forte valor cultural, patrimonial e histórico. Vasco Estrela aponta o primeiro semestre de 2021 para a conclusão deste investimento.

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