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Padre da Póvoa de Santa Iria fechou estacionamento da igreja e o povo não gostou
Estacionamento no parque da igreja da Póvoa de Santa Iria foi encerrado por causa da falta de civismo de alguns condutores

Padre da Póvoa de Santa Iria fechou estacionamento da igreja e o povo não gostou

Quem vive e trabalha na zona antiga da Póvoa de Santa Iria diz não compreender a decisão do pároco que reverteu a opção do antecessor de manter o espaço aberto à comunidade. Falta de civismo de alguns condutores precipitou a decisão.

A decisão do pároco da União de Freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa de fechar o estacionamento em frente da igreja paroquial da cidade está a gerar contestação na comunidade. Situado na zona histórica da cidade, o estacionamento é propriedade da igreja e era fundamental para facilitar a vida de quem precisava de ir ao comércio, deixar um familiar ou visitar os balcões de serviços ali existentes.
O parque foi encerrado neste Outono e não foi dada qualquer explicação à comunidade, o que levou muitos moradores a condenarem a atitude da igreja. A dificultar ainda mais a situação está a crónica falta de estacionamento na malha antiga da Póvoa. “Era um sítio muito importante para permitir às pessoas deixarem o carro onde raramente há estacionamento. Ter nesta zona um estacionamento como aquele fechado o dia todo é uma falta de consideração por quem aqui vive”, critica Amadeu Bruno, morador.
O pároco Adelino Ferreira é responsável pela paróquia há um ano e reverteu a decisão do antecessor porque a situação se tornou insustentável. A falta de civismo dos condutores levou o pároco a tomar a decisão. “Quem precisava de vir à igreja acabava por não ter lugar onde estacionar. O problema não é quem precisa de parar 15 minutos para ir ao banco, o problema é quem ali metia o carro dias a fio”, lamenta.
O padre reconhece que a decisão deu que falar na cidade mas lembra que antigamente os carros funerários nem conseguiam entrar no espaço para levar os caixões para a casa mortuária. “Tinham de parar na estrada e acartá-los em ombros porque isto estava sempre cheio de carros”, lamenta a O MIRANTE.
Adelino Ferreira diz que não tomou a decisão por querer mas por necessidade e não descarta a possibilidade de reabrir o estacionamento “à experiência”, para ver como os condutores se comportam, embora de momento vá permanecer encerrado. O fecho foi concertado entre a paróquia, junta de freguesia e a Polícia de Segurança Pública.

Autarca compreende decisão
O assunto foi também discutido na última Assembleia de Freguesia da Póvoa e Forte, com David Costa, da CDU, a questionar o executivo sobre a situação, considerando que o parque faz muita falta aos cidadãos. O presidente da junta de freguesia, Jorge Ribeiro (PS), disse compreender a decisão da paróquia. “Infelizmente havia ali muito estacionamento abusivo. Havia gente a deixar o carro dois e três dias seguidos apesar da indicação de que o espaço é para uso exclusivo da paróquia. Chegou a haver carros estacionados nas escadas de acesso à igreja”, lamenta o autarca.

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