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Briga em Abrantes entre filósofos  e políticos que também são filósofos
Alves Jana e Nelson Carvalho

Briga em Abrantes entre filósofos  e políticos que também são filósofos

A última edição do festival de filosofia de Abrantes teve Covid e realizou-se sem a colaboração dos três "grandes filósofos" da terra; são eles Alves Jana, Nelson Carvalho e Mário Pissara; culpado: Manuel Valamatos.



A organização do Festival de Filosofia de Abrantes nunca deu tanto que falar. Depois de o professor de filosofia e socialista, José Alves Jana, ter acusado, num artigo de opinião, a Câmara de Abrantes de ter afastado o Clube de Filosofia de Abrantes (CFA) da organização do Festival, o presidente do município, Manuel Valamatos, diz que é mentira.
Embora admita que "Câmara de Abrantes tem toda a legitimidade de organizar o festival como entender”, Alves Jana atira-se em acusações publicadas argumentando que “desconstruir a cooperação” é ir por um mau caminho. Depois afirma “que a câmara tem tratado abaixo de cão” o clube de filosofia.
Perante a controvérsia, Manuel Valamatos esclareceu que durante os preparativos para a organização do festival reuniu mais do que uma vez com os representantes do Clube de Filosofia, inclusive com Alves Jana, e que estes não se mostraram disponíveis para colaborar. “Reunimos e percebemos em determinado momento que o clube de filosofia não estaria disponível”, disse o autarca socialista na última reunião camarária em resposta ao vereador do Bloco de Esquerda, Armindo Silveira, que quis saber o motivo deste divórcio anunciado nas páginas do "Jornal de Abrantes" um mensário distribuido gratuitamente e que tem o apoio da autarquia.
O presidente do município vincou que “o clube de filosofia são três professores”: José Alves Jana, Nelson Carvalho e Mário Pissarra e que não são nenhuma “entidade formal”, mas um grupo que “tem algumas dificuldades de operacionalização” em iniciativas.
Depois de um ano de interregno o Festival de Filosofia realizou-se em 2020 em formato digital devido à pandemia de Covid-19 numa tentativa, justificou Manuel Valamatos, de “não se deixar cair a iniciativa” e com a qual o clube de filosofia concordou. Em 2019, recorde-se, o presidente do município referiu que a calendarização do evento não está estabelecida como anual.
O festival nasceu em 2017, organizado pela Câmara de Abrantes, em parceria com o Clube de Filosofia de Abrantes, os municípios de Mação e Sardoal, a Palha de Abrantes e os Agrupamentos de Escolas dos Concelhos de Abrantes, Mação e Sardoal. Em 2018 houve uma parceria com a Fundação Serralves num evento que teve o alto patrocínio do Presidente da República.

À margem

A pandemia em Abrantes é filosófica

José Alves Jana é o rosto do “faz-tudo” de Abrantes e o parceiro eterno do poder que vem desde o tempo do seu amigo Nelson Carvalho, igualmente ex-professor de filosofia do ensino secundário. São duas “peças” inseparáveis da engenharia político-cultural de uma cidade que lhes deve muito do que correu bem, mas também muitíssimo do que correu mal, nestas últimas dezenas de anos em que Abrantes tentou organizar algumas iniciativas diferentes também para fora do concelho.
Alves Jana é também conhecido por ser casado com uma ex-vereadora do PS, conhecidíssimo por ser um líder que, mal ou bem, é responsável pelo apagão cultural de que Abrantes sofre há muitos anos. Alves Jana é o exemplo do funcionário cansado que vive de memória cheia da sua própria importância. A forma como reagiu à organização do último Festival de Filosofia de Abrantes, que teve Covid, é a prova de que ele é um dos principais agentes do vírus. Parece que desta vez a câmara municipal tem um líder que acha que chegou a hora de mudar qualquer coisa em Abrantes para que nada fique na mesma. Quem sabe Alves Jana tenha uma borla do “Jornal de Abrantes” para voltar a publicar o seu anúncio de especialista em Coaching, e consiga ser feliz sem viver à custa dos amigos socialistas, que se rendem, ou rendiam, à sua filosofia da treta.

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