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Guerra na direcção com seis meses  provoca eleições na UDIPSS de Santarém
Hilário Teixeira (à esquerda) e Eduardo Mourinha na cerimónia de tomada de posse da direcção agora demissionária

Guerra na direcção com seis meses  provoca eleições na UDIPSS de Santarém

Direcção da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Santarém, que tinha tomado posse em Junho de 2020, caiu seis meses depois devido a guerras internas. Presidente da mesa da assembleia-geral fala em atitudes “pouco democráticas”.

A direcção da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) de Santarém, que entrou em funções há seis meses, desentendeu-se três meses depois de tomar posse. O assunto tornou-se do conhecimento público com o pedido de demissão do presidente da direcção Hilário Teixeira. Em nota enviada a O MIRANTE, o presidente demissionário refere que depois de um longo período como presidente do conselho fiscal e da breve passagem como presidente da direcção, entendeu pôr um ponto final na sua relação com a UDIPSS de Santarém para a qual tinha “um programa ambicioso” que gostava de ver concretizado.
Hilário Teixeira lamenta a resistência interna às mudanças que estavam em desenvolvimento e que acabou por ter “mais força”, inviabilizando a concretização dessas mudanças. “Com a equipa agora demissionária trabalhei em prol de uma organização dinâmica, independente, participativa e participada e verdadeiramente representativa das IPSS do distrito. Esse percurso, dissonante de um imobilismo crónico, foi extemporaneamente interrompido, como consequência de visões distintas sobre o posicionamento da União Distrital das IPSS de Santarém”, afirma o presidente demissionário, acrescentando que “após uma aprofundada avaliação de todo este processo e da frustração que ele aportou” decidiu não se recandidatar. Decisão que, diz, teve o apoio dos membros da direcção e dos restantes órgãos sociais.
Hilário Teixeira foi eleito presidente da direcção da UDIPSS de Santarém a 6 de Junho de 2020, tendo substituído Eduardo Mourinha que esteve no cargo durante cerca de 10 anos e que passou a assumir a presidência da mesa da assembleia-geral. Contactado por O MIRANTE, Eduardo Mourinha refere que passado uns dias de ter marcado a assembleia-geral para aprovação do plano de actividades e do orçamento e de um pedido de financiamento para a aquisição de uma viatura, quatro elementos da direcção pediram demissão. A assembleia realizou-se, mas nada foi aprovado. Depois também o presidente e o vice-presidente pediram demissão, assim como o presidente do conselho fiscal, por ter sido convidado por Hilário Teixeira para fazer parte dos órgãos sociais.
“Também eu e a restante mesa da assembleia-geral pedimos demissão, uma vez que não havia condições para continuarmos”, remata Eduardo Mourinha, acrescentando que houve queixas de atitudes “bastante pouco democráticas” da parte do presidente e do vice-presidente. “Ao fim de tantos anos fiquei muito desanimado com o que se passou nestes seis meses. Foi muito feio”, confidencia a O MIRANTE.
A UDIPSS de Santarém realizou novas eleições a 8 de Janeiro tendo sido eleitos para a presidência da direcção Sónia Lobato (presidente do Lar Evangélico Nova Esperança em Alcanhões), para a presidência do conselho fiscal António Mor (director do Centro Social do Pego) e para a presidência da mesa da assembleia-geral Helena Carona (presidente da INCLUIR). Os novos órgãos tomaram posse a 13 de Janeiro.

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