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JS desvaloriza caso do líder da concelhia  de Almeirim acusado de burla a duas idosas
Joaquim Rafael Gomes

JS desvaloriza caso do líder da concelhia  de Almeirim acusado de burla a duas idosas

Para o presidente da distrital da Juventude Socialista a suspeita de burla detectada pelo Ministério Público é uma situação pessoal de Joaquim Rafael Gomes.

O presidente da distrital de Santarém da Juventude Socialista (JS) está solidário com o presidente da concelhia de Almeirim, acuado pelo Ministério Público de, em conjunto com a tia e o marido desta, advogado na cidade, enganar duas idosas para se apoderar das suas casas. Francisco Dinis desculpa o colega de Almeirim, Joaquim Rafael Gomes dizendo que se trata de uma questão do foro privado, lamentando que o assunto tenha vindo a público e que o “Joaquim tenha visto a sua vida privada exposta desta maneira”.
Para Francisco Dinis o caso, investigado pelo Ministério Público, que está para julgamento, “em nada afecta a parte política”. O líder da distrital diz que não lhe cabe retirar a confiança de um líder, considerado que “o facto de ter um processo não faz dele culpado”. O arguido no processo, contactado por O MIRANTE, diz que está de consciência tranquila, mas não dá mais explicações nem quer falar do assunto, mostrando-se incomodado com o facto de o jornal ter o seu número de telemóvel.
O presidente da Juventude Socialista de Almeirim é indiciado de estar envolvido num esquema com o tio, advogado na mesma cidade, e a mulher deste, para se apropriarem das casas de duas irmãs idosas, que estavam acamadas, conforme O MIRANTE noticiou. Joaquim Rafael Gomes e o advogado Joaquim Pisco, vão começar a responder, cada um deles, por dois crimes de burla qualificada, enquanto a mulher do advogado e tia do líder da JS está acusada de um crime de burla qualificada.
Segundo a acusação o advogado predispôs-se a ajudar as idosas a entrarem no lar para encetar um esquema para se apoderar de dois apartamentos, um na Rua Dr. Ernestino da Conceição Rodrigues, junto à Escola Febo Moniz, e outro na Rua Vinha do Santíssimo, sem nada pagar. O Ministério Público diz que o advogado levou as vítimas a assinarem procurações dando poderes a Joaquim Rafael Gomes para vender bens, pensando elas que estavam a assinar documentos para entrarem no lar.
No dia 13 de Novembro de 2013, os três arguidos deslocaram-se à Conservatória do Registo Predial de Alpiarça, e o advogado adquiriu por 20 mil euros o direito de superfície da casa da Rua Dr. Ernestino da Conceição Rodrigues. No mesmo dia a mulher do advogado, na mesma conservatória, adquiriu o apartamento da outra idosa, por 30 mil euros. Em ambos os casos o líder da JS de Almeirim, enquanto procurador das idosas, declarou falsamente que já tinha recebido o dinheiro para as suas representadas, segundo apurou o Ministério Público.

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