A construção das ciclovias de Benavente e Samora Correia tornou-se um pesadelo com erros atrás de erros e as críticas continuam a fazer-se ouvir. Na última reunião do executivo da Câmara de Benavente a oposição PS e PSD voltou a falar em mau planeamento e em novos erros que podem comprometer o prazo de conclusão que termina em Março deste ano.
Desta vez, apontou o vereador Ricardo Oliveira (PSD), está o facto de num dos troços da ciclovia de Benavente o piso colocado ter sido levantado e ter sido removido todo o gradeamento em ferro. Uma intervenção que “deverá ter obviamente uma justificação”, afirmou o vereador considerando que “a empreitada pode não ter sido conduzida da melhor forma”.
Também a vereadora Florbela Parracho (PS), que em Novembro do ano passado apontou falhas na obra de Samora Correia, observou que os sumidouros que estão a ser colocados junto aos portões de habitações, em Benavente, são demasiado curtos. “Com a inclinação que têm de certeza que a água vai para dentro das casas”, alertou.
Dizendo que a autarquia só “faz uma recepção provisória quando tudo está em condições”, o presidente do município, Carlos Coutinho (CDU), adiantou que existe ainda um “período de garantia” que dispõe de uma verba para corrigir “eventuais situações que decorram de erros construtivos”.
Sem comentar as situações apontadas pelos seus opositores, o autarca da CDU admitiu que ainda há erros a serem corrigidos, mas descartou que pudessem ter sido causados por falhas no projecto.
No caso da ciclovia de Samora Correia, recorde-se, as situações que mereceram críticas tiveram a ver com o facto de em algumas zonas o troço passar junto aos portões de habitações, haver falta de sumidouros e lancis e terem ocorrido abatimentos no piso após a colocação do betuminoso.
Tanto em Benavente como em Samora as vias são bi-direccionais e exclusivamente posicionadas de um dos lados da estrada ocupando em algumas partes do troço o passeio em toda a sua extensão.