Depois de um período inicial em que o Crematório Municipal de Almeirim estava a fazer um número de cremações muito abaixo da sua capacidade, aumentou a procura e neste momento a junta de freguesia, que gere o equipamento, já teve que alargar o horário. Se havia períodos em que fazia uma cremação diária, actualmente tem dias que faz oito, o que representa a sua capacidade de funcionamento em pleno.
O presidente da Junta de Almeirim sublinha que desde o final de Janeiro, quando O MIRANTE noticiou que o equipamento estava a fazer menos serviços do que quando abriu, começou a registar-se uma grande procura. Joaquim Catalão referia na altura não compreender a descida do número de cremações quando em Lisboa havia esperas de dez dias por falta de capacidade de resposta dos crematórios na zona da capital.
No início de Fevereiro subiram os contactos de agências funerárias de várias zonas, mas sobretudo da região de Lisboa, o que levou a que o equipamento passasse a funcionar em horário alargado durante a semana e abrisse aos sábados e domingos. Joaquim Catalão informa que no mês de Fevereiro, e até dia 18, já tinham sido realizadas 82 cremações, mais do dobro que se estava a fazer num mês inteiro.
O crematório de Almeirim, apesar do aumento, continua com alguma capacidade para ajudar a resolver os atrasos que se registam em algumas zonas, tendo até já recebido serviços de agências situadas a cerca de 140 quilómetros, como é o caso de Grândola, no Alentejo. O equipamento, construído pela Câmara de Almeirim, com gestão totalmente pública, abriu em Junho de 2020 e foi o primeiro no distrito de Santarém, existindo agora mais dois crematórios em Santarém e Entroncamento, ambos concessionados a privados. Entre a data de abertura e final de Novembro do mesmo ano foram feitas 240 cremações em Almeirim.