Devido à degradação das condições sanitárias, que se iniciou desde há um ano, ficaram adiados e sem prazo, o lançamento de um novo trabalho discográfico da Orquestra Típica Scalabitana, com a gravação já concluída com a direcção artística do actual maestro, bem como alguns compromissos já assumidos, destacando-se pela importância da efeméride, a celebração do 74º aniversário em Março de 2020 e cuja montagem estava já completamente definida.
Também a preparação do ansiado concerto das Bodas de Diamante que este ano iriam celebrar-se, como de costume, no decorrer das Festas da Cidade, sofreram a restrição geral que a todos tem paralisado, impedindo uma celebração que todos nos aprestávamos para que ficasse na história da Orquestra como um marco de vitalidade e qualidade social e artística, afinal o principal objectivo e razão da existência de um entusiasmo constante que sempre animou a Orquestra Típica Scalabitana.
Vamos acreditar… queremos acreditar que tudo irá passar e embora em data diferida iremos concluir os projectos a que todos nos propusemos, pois para todos a Orquestra Típica Scalabitana e os que a criaram e mantiveram viva merecem OTS em Santarém...por Santarém!
Decorria o ano de 1946 quando em 19 de Março a Orquestra Típica Scalabitana se apresentou, pela primeira vez, no Ginásio do Seminário em Santarém, sede do Orfeão Scalabitano, sob a regência do seu mentor e fundador, António Máximo Gavino Simões do Couto.
A partir de Agosto de 1954 o Orfeão Scalabitano que havia acolhido a Orquestra Típica uniu-se ao Grémio Literário Guilherme Azevedo, constituindo o Círculo Cultural Scalabitano, entidade a que desde então a Orquestra Típica se encontra ligada e em cujas instalações desenvolve os seus trabalhos de ensaios e apresentações quer individualmente quer em conjunto com as secções, academias e departamentos que fazem parte da instituição.
De então para cá, são incontáveis os concertos efectuados quer no país quer no estrangeiro tendo já feito parte dos seus quadros centenas de elementos entre músicos, cantores e maestros, além do fundador António Gavino, Casimiro Silva, Joaquim Luis Gomes, David Costa e Silva, Victor Bonjour, Jorge Costa Pinto, João Manuel Pinote e o actual responsável artístico Abílio Figueiredo, mantendo desde sempre como objectivo primordial a defesa e apresentação de músicas e canções que se foquem e enalteçam o Ribatejo e a cidade de Santarém.
Manuel Coelho