A morte de dezenas de aves contra as estruturas envidraçadas transparentes junto aos campos de padel recém-construídos no Parque Ruy Luís Gomes, em Samora Correia, está a gerar indignação entre os moradores da zona, que já exigiram à Câmara de Benavente uma solução.
Há pelo menos duas semanas que Luís Reguengos se depara diariamente com pássaros mortos junto ou no interior do equipamento, motivo que o levou a queixar-se à câmara municipal e Junta de Samora Correia. “Esta armadilha mortal tem que ser resolvida”, diz a O MIRANTE, acrescentando que os vidros “além de representarem um perigo para os animais podem ser também perigosos para as pessoas” que ali circulam. “Uma criança a brincar, ou mesmo um adulto que vá a ler um jornal ou a olhar para o lado, pode chocar contra os vidros, que não têm qualquer sinalização”, exemplifica.
Perante as queixas, a Câmara de Benavente reconheceu que os campos se situam no interior de um parque que já constituía o habitat de aves, adiantando que está em “contacto com a Federação Portuguesa de Padel e com o fornecedor dos campos” numa tentativa de encontrar soluções que “permitam evitar o embate das aves”.
Enquanto a solução definitiva não chega, o município colocou fitas de sinalização a envolver a estrutura. Um “remendo muito fraquinho” e que provavelmente desaparecerá aquando da inauguração da obra de requalificação do parque prevista para Abril, considera o queixoso. A autarquia também tem retirado os pássaros mortos do local.
Situações como esta não deixam de ser algo comuns, quando não são acauteladas soluções em obras que implicam a colocação de grandes estruturas em vidro. Em Vila Franca de Xira, por exemplo, já ocorreram dois casos semelhantes: um no multidesportivo, nas Quintas, e outro na estação de comboios de Vila Franca de Xira. Ambos resolvidos com a colocação de películas de vinil nas vidraças.