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Continuam as burlas com arrendamentos  de apartamentos na Póvoa de Santa Iria
A mais recente burla com arrendamento de apartamentos aconteceu neste prédio da Póvoa de Santa Iria

Continuam as burlas com arrendamentos  de apartamentos na Póvoa de Santa Iria

Desde o início do ano deram entrada na Polícia três novas queixas por burla no arrendamento de apartamentos na Póvoa de Santa Iria, precisamente um ano depois de uma burlona de Alverca ter sido apanhada pelas autoridades usando o mesmo esquema.


As burlas com falsos arrendamentos de apartamentos na Póvoa de Santa Iria voltaram e desde o início do ano há registo de pelo menos três casais enganados que fizeram queixa na Polícia de Segurança Pública.
As situações, garante a PSP, estão a ser acompanhadas e monitorizadas pelas diferentes esquadras do concelho de Vila Franca de Xira. Desconhece-se por enquanto se se trata da mesma burlona que, há precisamente um ano, foi apanhada pela PSP por suspeita de praticar o mesmo crime (ver caixa).
Uma das últimas vítimas é Jocilyna Santo e o marido, Danilson Rosário, um casal de Camarate que foi burlado com o arrendamento de um apartamento T3 na Rua Padre Manuel Duarte na Póvoa de Santa Iria. “Acreditámos na palavra dela, apresentou-se como ex-agente de uma imobiliária, fomos ver o apartamento e gostámos. Não duvidámos de nada porque ela passou-nos o contrato de arrendamento e o recibo da renda e caução. Eram os dois falsos”, contam a O MIRANTE.
A burlona tem mostrado às vítimas um apartamento que não é seu e pertencerá a um familiar do seu companheiro, actualmente emigrado no estrangeiro. Nos recibos de renda que passou a Jocilyna e ao marido, a burlona apresentou um número de contribuinte e uma conta bancária falsos. “Já fomos verificar. No banco não existe essa conta bancária e o NIF que ela meteu no contrato de arrendamento pertence a outra pessoa”, lamenta o casal, depois de ter ficado sem 900 euros. Já apresentaram queixa na PSP mas, com uma criança de dois anos para sustentar, o casal pede ajuda e o dinheiro que pagou de volta, até porque precisa dele para poder arrendar outra habitação.
A PSP explica que a burla consiste em arrendar apartamentos por valores abaixo dos praticados no mercado. E tendo em conta que o mercado está muito saturado na Póvoa de Santa Iria o negócio torna-se desde logo apetecível. No caso de Jocilyna, o T3 estava a ser arrendado por 450 euros por mês, quando os preços de mercado rondam os 950 euros no mínimo por essa tipologia.
“A casa é apresentada pela autora da burla, que informa que ainda se encontra a residir na habitação, mas que sairá dentro de um mês ou dois, exigindo no entanto o pagamento adiantado de pelo menos um mês ou mais para segurar o negócio”, explica a polícia.
Após o pagamento e passado o tempo de mudança pedido, a burlona retira o anúncio das redes sociais e os lesados iniciam contacto com a burlona, sendo sempre confrontados com mais desculpas, “acabando mesmo por informar que desconhece a pessoa que a está a contactar e que nunca efectuou qualquer contrato com estas”, avisa a PSP.
A PSP diz estar atenta e a realizar as diligências necessárias, disponibilizando também uma página online com conselhos, disponível em www.psp.ptpages/atividades/investcriminal.aspx. Uma regra de ouro é nunca pagar sem primeiro realizar um contrato válido de arrendamento num balcão das Finanças ou num solicitador.

O mesmo crime um ano depois

Ainda decorre a investigação do Ministério Público de Vila Franca de Xira relativa ao caso da “burlona dos apartamentos” de Alverca, como ficou conhecida a mulher de 28 anos que sacou milhares de euros a pessoas que nela confiaram. Foi apanhada há precisamente um ano. Dora Soares, uma das lesadas, ainda está a tentar recuperar 1.250 euros que deixou de caução. “O caso está no tribunal e não podemos fazer nada para conseguir reaver o dinheiro. É uma situação da qual nem gostamos de falar”, lamenta a O MIRANTE. A burlona já estava referenciada pela prática de outros crimes da mesma natureza em diversos locais do país.
A história veio a lume nas redes sociais em Junho de 2019, depois de algumas pessoas da Póvoa de Santa Iria terem entrado em contacto com a mulher, pago o sinal e nunca mais terem conseguido reaver o dinheiro. Algumas contactaram com a suspeita mas nunca chegaram a fazer o pagamento e decidiram deixar o alerta para as restantes.

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