Ampliar quartel para o antigo cemitério fora dos planos dos Bombeiros de Alverca
As instalações com 80 anos já são exíguas para as necessidades da corporação, mas, para o presidente da direcção, a solução já não passa por ampliá-lo para os terrenos do antigo cemitério de São Sebastião. O objectivo é construir um novo quartel de raiz.
O protocolo para resolver o longo impasse do antigo e degradado cemitério de São Sebastião, em Alverca, está assinado e a promessa mantém-se: doar o terreno para que os Bombeiros de Alverca possam ampliar o quartel para essa área. Só que aquela que durante anos foi a esperança da direcção da associação humanitária para dar melhores condições aos operacionais chegou tarde.
Para o presidente da direcção, José Pina, “aquele terreno, contíguo ao quartel, é um não assunto”, pois o que está agora nos planos é “construir um quartel de raiz e não fazer ampliações nem retalhos nas instalações”.
O dirigente empossado em Janeiro de 2020 adianta a O MIRANTE que já começou, nesse sentido, a “encetar diligências”, e inclusive a procurar terreno para em breve poder iniciar “conversações formais com a Câmara de Vila Franca de Xira”, na expectativa que a autarquia possa ajudar a financiar uma parte dos encargos financeiros.
“Os bombeiros já não têm condições mínimas de conforto neste quartel”, onde o espaço é exíguo para as necessidades e a infraestrutura acusa os cerca de 80 anos de existência. É uma guerra com 30 anos que tem que ser resolvida rapidamente”, sublinha José Pina.
O contrato interadministrativo a ser assinado entre a Câmara de Vila Franca de Xira e a União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho para resolver o problema do velho cemitério foi recentemente aprovado, por unanimidade, em reunião do executivo municipal. Estima-se que o início deste processo vá custar 90 mil euros.
A União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, proprietária do terreno do antigo cemitério, mantinha, segundo o presidente da junta, Carlos Gonçalves, a intenção de o ceder à associação humanitária, depois de concluídas as operações de trasladação dos restos mortais ainda ali sepultados.
Por sua vez, o presidente do município, Alberto Mesquita, disse que efectivamente a anterior direcção manifestou esse interesse, mas que tem ouvido opiniões contrárias. Por isso, afirmou, “a questão deste terreno é uma matéria que fica em suspenso, para mais tarde se tomar uma decisão em definitivo”.
