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José Louceiro desapareceu há duas semanas e a família vai perdendo a esperança 
foto DR José António Maria

José Louceiro desapareceu há duas semanas e a família vai perdendo a esperança 

Buscas para encontrar o idoso de Abrantes que sofre de demência foram dadas por encerradas ao fim de uma semana. Família vive momentos de angústia e apela à população que continue atenta.

Passaram duas semanas desde o desaparecimento de José António Maria, mais conhecido por José Louceiro, e não há qualquer pista sobre o seu paradeiro. A família e alguns populares continuam a tentar localizá-lo, depois de as buscas terem sido suspensas ao fim de uma semana, mas a esperança vai esmorecendo. A filha, Teresa Estronca, acredita cada vez menos que o pai, diagnosticado com Alzheimer, possa estar vivo.
“Sozinhos não fazemos grande coisa, mas é muito doloroso não sabermos onde ele está”, diz apelando à população que se mantenha atenta a qualquer possível avistamento do pai que desapareceu da zona da Chaínça, Abrantes, com um boné branco e vestido com uma camisa xadrez verde e calças cinzentas.
O idoso, com 80 anos, terá sido visto pela última vez junto ao hipermercado Pingo Doce, mas há quem jure que o viu no dia do desaparecimento junto ao quartel dos Bombeiros de Abrantes. “Não acredito que alguém o possa ter acolhido sem ter contactado as autoridades. O meu pai tem que estar por aí, algures”, diz Teresa Estronca.
Numa operação montada com a ajuda da Protecção Civil, PSP, GNR, bombeiros, sapadores florestais e União das Freguesias de Abrantes e Alferrarede, as autoridades recorreram ainda à população para alargar o perímetro de buscas. Foi batido o máximo de terreno possível, inclusive dentro de água, mas as buscas foram infrutíferas.

“Sentimos que fomos negligentes”
A angústia tomou conta da família de José Louceiro, mas também o sentimento de culpa não lhes permite desistir de tentar encontrá-lo. “Sentimos que fomos negligentes e carregamos a culpa por não termos tomado as medidas certas”, lamenta Teresa Estronca.
Já por diversas vezes o idoso se tinha perdido durante os passeios que dava diariamente, mas era devolvido a casa por vizinhos ou pela PSP. “Como ia sempre aparecendo fomos deixando andar”, diz, arrependida por não ter colocado no pai, por exemplo, uma pulseira com aparelho de localização GPS, ao invés de “um papel com o seu nome escrito”.

Pulseira ajuda idosos a regressar a casa

A PSP distribui, desde 2015, pulseiras com códigos de identificação para ajudar a encontrar pessoas, principalmente idosos ou com problemas de orientação, ao abrigo do programa “Estou Aqui”. A pulseira não dispõe de qualquer dispositivo de localização, mas ajuda a PSP a devolver o idoso localizado à sua família.
No caso de um cidadão ou agente contactar com uma pessoa que está perdida pode ligar para o número de emergência nacional (112) e indicar que a mesma dispõe de uma pulseira ao abrigo deste programa e ditar o número nela inscrito, para que a Direcção Nacional da PSP possa aceder à ficha deste utilizador e contactar a família.
A Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer sublinha que já “existem vários dispositivos no mercado que facilitam a rápida localização de uma pessoa”, sendo os mais comuns a Identificação por Radiofrequência (RFID) e o Sistema de Posicionamento Global (GPS).

José Louceiro desapareceu há duas semanas e a família vai perdendo a esperança 

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