O vínculo contratual do director-geral e fundador da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Vilafranquense, Rodolfo Frutuoso, chegou ao fim e não foi renovado, afastando o dirigente do clube ribatejano que actualmente milita na II Liga de futebol profissional.
O anúncio foi feito no sábado, 27 de Março, pelo Vilafranquense SAD num curto comunicado: “A União Desportiva Vilafranquense informa que o vínculo contratual que ligava Rodolfo Frutuoso ao clube chegou ao fim. Publicamente agradecemos ao fundador da SAD toda a sua dedicação, profissionalismo empregue a cada dia de trabalho nesta casa deixando votos de felicidade para o seu futuro profissional e pessoal”.
A SAD do Vilafranquense foi constituída em 2013 para gerir o futebol do clube numa altura em que as dificuldades financeiras ameaçavam acabar com a modalidade. Frutuoso, um dos accionistas da Eurofoot, avançou para a gestão do futebol profissional do clube juntamente com Pedro Torrão e Paulo Lima a que se juntaram outros nomes como Rui Oliveira, David Ferreira, Luís Diniz, Paulo Luz e, à data, o então presidente do UDV Francisco Beirolas.
Ao longo dos últimos oito anos a equipa sénior subiu da 2ª divisão distrital à II Liga. Nos escalões de formação foram também vários os êxitos desportivos. Frutuoso foi presidente da SAD até 2018, ano em que a SAD passou a ser controlada na totalidade pelo empresário brasileiro Luiz Andrade, que esteve pouco tempo ligado ao clube. No final de 2019 o antigo futebolista português Henrique Sereno passou a ser o novo presidente da SAD.
O MIRANTE contactou Rodolfo Frutuoso para esclarecer os motivos da sua saída mas o ex-dirigente recusou prestar esclarecimentos. Junto de fontes no clube soubemos, no entanto, que as diferentes visões de gestão propostas para a equipa entre SAD e director-geral terão levado a uma erosão das relações que precipitaram a saída de Frutuoso.
Na sua página nas redes sociais o ex-dirigente deixou uma mensagem críptica, dirigida a “meia dúzia de papagaios”, em que escreve: “Já têm o caminho livre para arranjarem um pouso”. Diz ter ficado “União. Os outros? São os outros!”.