Vacinação na Chamusca faz-se dentro de tendas militares
A falta de condições no Centro de Saúde da Chamusca obrigou à colocação de duas tendas militares para dar continuidade ao processo de vacinação contra a Covid-19. Município quer utilizar pavilhão dos bombeiros, mas a falta de médicos é um entrave para que se concretize a mudança.
A vacinação contra a Covid-19 na Chamusca está a decorrer com o recurso a duas tendas militares colocadas ao lado do centro de saúde da vila. Em causa está a falta de condições da unidade de saúde para receber os cerca de 60 utentes diários que fazem parte da primeira fase de vacinação.
A situação preocupa o executivo municipal que, na última reunião camarária, que se realizou a 23 de Março, admitiu que o ideal seria a vacinação realizar-se no pavilhão dos bombeiros voluntários, localizado a cerca de meia centena de metros do centro de saúde. “É um espaço amplo que possibilita melhores condições de trabalho para os profissionais e de segurança para os utentes”, afirmou, Paulo Queimado, presidente da autarquia.
Segundo a equipa responsável pela elaboração do plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, espera-se que o número de pessoas vacinadas diariamente triplique nos próximos meses, o que, inevitavelmente, vai criar ainda mais constrangimentos na unidade de saúde da Chamusca. “O nosso centro não tem capacidade para receber mais gente. É urgente que as autoridades de saúde resolvam o problema”, sublinhou.
Para que o problema seja resolvido, e a vacinação possa ser realizada noutro local, são necessários mais médicos. Na Chamusca a falta de médicos é um problema de fundo e que está há vários anos para ser resolvido. O autarca referiu que já pediu um médico ao ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) da Lezíria do Tejo mas que até agora não foi possível garantir a sua chegada.
Tal como O MIRANTE noticiou, na edição de 4 de Março, a falta de médicos no Centro de Saúde da Chamusca tem originado o adiamento de consultas e longas filas de espera que têm levado ao desespero os utentes. Existem, neste momento, três médicos para toda a população do concelho, sendo que um tem de estar permanentemente ao serviço da vacinação. Há um concurso aberto há meses para a admissão de mais um profissional, mas nenhum médico parece estar interessado em trabalhar no concelho.