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Maioria dos hotéis de Fátima fechada e alguns à venda
Purificação Reis, presidente da ACISO

Maioria dos hotéis de Fátima fechada e alguns à venda

Presidente da Associação Empresarial Ourém-Fátima admite que será difícil a manutenção de toda a oferta hoteleira existente antes da pandemia.

A Associação Empresarial Ourém-Fátima (ACISO) revelou que em Janeiro 72% dos hotéis em Fátima se encontravam fechados, taxa que não sofreu grandes alterações em Março, e adiantou que existem intenções de venda de algumas unidades.
A ACISO refere que há dois meses auscultou os empresários da hotelaria e, das 61 respostas, “72% das empresas encontravam-se encerradas” e, destas, “88% não tinham qualquer previsão de data de abertura”, enquanto 10% previa abrir em Março. “Dois por cento das empresas responderam que ponderavam não reabrir, estando a pensar avançar para a insolvência”, diz a mesma informação.
A presidente da ACISO, Purificação Reis, acrescentou que a associação tem “conhecimento de algumas unidades com maiores dificuldades de sobrevivência”, mas não tem “informação relativamente a números de processos de insolvência que tenham iniciado”.
“Existem intenções e interesse de venda de algumas unidades, talvez ronde a meia dúzia, o que é, naturalmente, consequência directa da forte crise que o sector atravessa”, declarou Purificação Reis.
Salientando que “o parque hoteleiro de Fátima é forte e resiliente” e que, “na sua maioria, está devidamente preparado para reabrir”, assim que o fluxo turístico retorne, a presidente da ACISO reconheceu, contudo, que “os empresários têm problemas e dificuldades sérias para manterem as suas estruturas em funcionamento e para fazerem face a todos os custos e encargos numa situação de ausência total de receitas”.
“As diversas medidas de apoio disponíveis ajudaram, mas, infelizmente, sabemos que não são suficientes para resolver todos os problemas. Penso que será difícil a manutenção de toda a oferta hoteleira tal como a conhecíamos”, sustentou.
O vice-presidente da Associação de Hotelaria de Portugal, Alexandre Marto, antecipa que, embora “as interrogações sejam muito maiores do que as respostas nesta altura”, vai haver “uma concentração maior de empresas na aviação, na operação turística e na hotelaria, e, consequentemente, algumas das pequenas empresas terão ainda mais dificuldade em sobreviver”.
“Julgo que no segundo semestre de 2022, se não existirem surpresas do ponto de vista sanitário, teremos uma recuperação total”, declarou Alexandre Marto, considerando existir “uma vontade enorme das pessoas, em todo o mundo, de viajar”.
Alexandre Marto sublinhou que “a vacinação está a ser feita por idades e, portanto, as pessoas mais velhas, que antes estavam muito retraídas e não queriam viajar, serão as primeiras a ter condições para o fazer” e “Fátima é destino destes mercados e de pessoas de maior idade e que estarão vacinadas”.

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