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Obras de requalificação melhoraram beleza da cidade templária 
Anabela Costa é proprietária da pastelaria Templária. Piedade Costa e Carla Alvarez, amigas de longa data

Obras de requalificação melhoraram beleza da cidade templária 

O centro histórico de Tomar é, em condições normais, o mais movimentado da região. Perde-se a conta ao número de lojas, restaurantes e cafés, espalhados pela Rua Serpa Pinto, também conhecida como a Rua da Corredoura, que liga a Praça da República ao Jardim do Mouchão. Embora aquela seja a mais emblemática, existem outras que também têm comércio e movimento.
Na Rua da Infantaria 15, paredes-meias com a Igreja de São João Baptista, um dos ex-libris da cidade, Piedade Costa é uma das comerciantes que mantém a porta aberta. É a segunda vez, desde o início da pandemia, que recebe o repórter de O MIRANTE;
Alguns negócios fecharam definitivamente enquanto outros esperam por melhores dias para abrir. Piedade tem mais um ano, 81, mas continua a levantar-se todos os dias para vender os fios, jogos de cama, rendas, e muitas outras velharias que foi juntando ao longo da vida. “Só fecho quando morrer. Gosto de estar entretida e sempre cai alguma pinguinha ao final do dia”, afirma.
Carla Alvarez, 79 anos, junta-se à conversa. Aproveita para agradecer a Piedade os conselhos que a ajudaram a perder quatro quilos. Quando percebe o conteúdo da conversa desabafa com o repórter: “Tive uma banca de revistas e jornais durante 33 anos no mercado municipal. A pandemia atirou-me para casa e já não há nada a fazer”. Sobre o centro histórico, onde ambas nasceram e cresceram, garantem que “é do melhor que há” e que ganhou outra vida quando proibiram os automóveis de circular ao fim-de-semana.
A zona da Várzea Grande, onde está situado o tribunal, esteve em obras mais de um ano. A praça tem agora um aspecto mais condizente com as vistas que proporciona: Convento de Cristo e Mata Nacional dos Sete Montes. Um dos poucos espaços abertos no local pertence a Anabela Costa, que fundou a pastelaria Templária há cerca de 30 anos.
O prolongar das obras e a pandemia trouxeram-lhe o desespero, mas, afirma, não vai desistir à primeira. “Já cheguei a ter oito funcionários a trabalhar comigo e hoje só tenho dois. Temos que nos ir adaptando à realidade”, lamenta.
Domingo é dia de passear com a sua família no centro histórico. Gosta de caminhar na Corredoura e passear no Jardim do Mouchão. Afirma que se pudesse alterar alguma coisa no centro seriam as condições de habitabilidade. “Há demasiados alojamentos para turistas. As famílias estão a sair do centro histórico e a cidade perde carisma por causa disso”, sublinha.
Nos últimos dois anos a Câmara de Tomar tem requalificado vários espaços e edifícios naquela zona da cidade. A Igreja de São João Baptista, a Sinagoga e a Várzea Grande são os que merecem maior destaque, não só pelo valor das empreitadas mas por serem dos espaços mais procurados pelos visitantes.
Os apoios ao comércio local também são uma preocupação do executivo, nomeadamente ao nível da isenção das taxas de ocupação de espaço público, estacionamento e criação de modelos de negócio que promovam as empresas do concelho.

Obras de requalificação melhoraram beleza da cidade templária 

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