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Pandemia agravou alguns padecimentos do centro histórico de Abrantes 
Filipe Gomes e Daniel António, comerciantes do centro histórico de Abrantes há muitos anos

Pandemia agravou alguns padecimentos do centro histórico de Abrantes 


O movimento diminui consideravelmente no centro histórico de Abrantes. As ruas estão despidas de gente, algumas lojas continuam fechadas e nas que reabriram, ao postigo, os comerciantes deitam o olho a quem passa na expectativa que seja um cliente.
Na Praça Barão da Batalha são mais os edifícios a ser recuperados do que as pessoas que andam na rua. “É positivo, já se vê alguma requalificação e é preciso incentivá-la. Já cá mora muito pouca gente e os que cá vivem são idosos. Precisamos de jovens“, atira Filipe Gomes, proprietário do Café Chave D’Ouro, o mais antigo daquela zona.
Debaixo de um sol de início de Primavera, que noutros tempos lhe fazia encher a esplanada, o empresário consegue agora contar de cabeça os cafés que vende por dia. “Vendo 40 e é com eles que fecho o meu dia. Agora nada de cervejas”, diz, olhando para o espaço de esplanada, agora sem mesas nem cadeiras.
O centro histórico de Abrantes perdeu há muito o fulgor de outros tempos com ruas cheias de movimento e onde se encaixava trânsito nos dois sentidos. “Era uma maravilha, gente na rua desde manhã até serem horas do jantar. Vinham de todas as freguesias”, recorda Daniel António, em frente à papelaria Casa Havaneza, que gere há 75 anos.
O seu negócio chegou a ser o único a funcionar naquela praça, várias vezes durante a pandemia, por causa dos jogos sociais e venda de jornais e revistas. Teve sorte, no meio do azar que afectou todos. Mas o que mais o preocupa não é a pandemia, que se espera passageira, mas a cura para um centro histórico que tem vindo a morrer com os anos. A solução? “Apostar no turismo e na construção de um parque de estacionamento subterrâneo. Só assim isto sobrevive”, opina.
Com a pandemia a retirar os poucos clientes que ainda escolhem o comércio local em detrimento das grandes superfícies o futuro é ainda mais incerto para os comerciantes. A Câmara de Abrantes tem tentado remar contra a maré incentivando e apoiando, através do programa “Mais Comércio no Centro”, a instalação de comércio na área do centro histórico. Desde a sua implementação já foram concedidos mais de três dezenas de apoios ao arrendamento de estabelecimentos.

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