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Sociedade anti-pandémica  e a livre circulação com consciência


No que poderia ser uma pacata praceta, a praceta das Oliveiras, em Alverca, foi construído há alguns anos um campo de jogos informais, de basquetebol, para substituir uma outra instalação precária e degradada.
Aquele espaço sempre foi pouco frequentado mas passou a ter mais utilização com a pandemia. O campo está rodeado de prédios altos o que amplifica o som e já houve diversas queixas de ruído, nomeadamente junto da câmara municipal e da junta de freguesia, tendo alguns moradores optado por colocar janelas duplas para atenuar o ruído.
O problema tem agora nova dimensão, após a recomendação sobre o ruído em prédios no decreto presidencial do Estado de Emergência e da obrigatoriedade do Teletrabalho, indicada pelo Governo.
Durante o encerramento daquele tipo de instalações não foi colocada qualquer sinalética e verificaram-se ajuntamentos de 15 a 20 pessoas, por vezes em horários absurdos. Após várias reclamações foi colocado um aviso Covid e ainda depois de mais reclamações na junta colocaram-se umas fitas delimitadoras do espaço, para indicar o seu encerramento.
As fitas delimitadoras foram colocadas dia 22 de Dezembro de 2020 e o aviso a 28 de Janeiro deste ano. As fitas foram retiradas e o aviso retirado e recolocado mais tarde, mas é ignorado, assim como é ignorado o horário de funcionamento.
Observa-se aqui uma experiência social. Vem ao de cima a total ignorância pelo bem comum, as regras de sociedade já ignoradas por pais e transmitidas aos filhos. Esta situação não é única, certamente alguém viu um parque infantil com aviso Covid e fitas, com crianças a brincar levadas pelos pais e algum ajuntamento de pessoas mais idosas em pleno pico pandémico, entre tantas outras situações que se poderiam descrever.
O único caminho para controlar esta pandemia é, e foi, algum tipo de repressão (seja em forma de coimas, acção policial, ou medo instalado). O caminho certo era o comportamento dos cidadãos, a livre circulação com consciência. Haverá soluções eficazes? Teremos uma 4ª vaga de infecções? Mataremos de vez o comércio e o emprego?
José Coimbras

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